A Escolinha de Futebol Rotam tem como objetivo formar cidadãos melhores, mas se por ventura algum de seus alunos se destacar, ele terá encaminhamento e preparação para o futebol profissional. Há um ano em funcionamento no Parque Geórgia, em Cuiabá, o projeto já conta com 72 alunos, de sete a 15 anos.
O Sargento Renildo Conceição da Costa é professor de futebol há 16 anos e é um dos responsáveis pelas aulas do projeto. Ele compartilha que a primeira cobrança de um aluno da Escolinha é a frequência e o bom desenvolvimento no ensino escolar.
A Rotam oferece, gratuitamente, aulas teóricas e a prática com futebol com treinos físicos, técnicos e táticos. É uma busca pela melhora no desempenho físico, de saúde e comportamento dos jovens.
“É gratificante notar as mudança. São crianças que poderiam estar fazendo coisas erradas, correndo nas ruas, sendo atropelados, soltando pipa com cerol, que é perigoso”, comenta o sargento.
O projeto, além de buscar a formação de cidadãos, eles observam os atletas matriculados e descobrem novos talentos. Segundo o professor, três dos meninos já assinaram com algum clube, assim como Gabriel Solon.
Solon
Um garoto de 12 anos, que joga com os mais velhos, por ser mais alto, conforme conta o pai, Gabriel sempre gostou de futebol. Um zagueiro, que recém assinou contrato com o Red Bull Brasil, um clube de Campinas – São Paulo e que deseja, quem sabe um dia, poder jogar em times como Real Madrid e Barcelona, da Espanha.
Um dos grandes apoios de Gabriel, é a sua mãe Sueide Solon, 37 anos, que é ex-jogadora de futebol. Durante 10 anos ela foi meio-campista, mas após o casamento e a gravidez a carreira foi interrompida.
“Eu gostava muito de jogar, mas após o nascimento dele ficou mais difícil os treinos, tentei algumas vezes, mas acabei desistindo. O Gabriel desde pequeno teve paixão por bola e eu falo para o meu marido que temos que incentivar, pois não sabemos o dia de amanhã”, comenta a mãe.
Valdir Gomes, o pai de Gabriel, conta que a família não tinha uma visão de que o menino poderia ser um atleta profissional, mas foi a Escolinha da Rotam que incentivou e auxiliou na abertura de portas para a carreira do jovem.
Segundo Valdir, praticamente as 24 horas do seu dia é voltada para a carreira do filho. Sueide conta que todos os gastos no novo caminho que o filho trila, é por conta da família. “É tudo novo para gente. Nós vivemos para jogo”, diz ela.
“Eu espero que seja um caminho que traga muitas alegrias para mim e para o Brasil também. Isso tem sido excelente e mudou radicalmente a minha vida”, declara o pai.