Recontar os tempos do regime de exceção faz sentido enquanto nos leva a perceber o erro histórico do golpe, a admitir que nem tudo foi devidamente reparado e a alertar as gerações pós-ditadura para que se mantenham atuantes na defesa do Estado Democrático de Direito", afirma o texto.
Se é verdade que, no início, setores da Igreja apoiaram as movimentações que resultaram na chamada 'revolução' com vistas a combater o comunismo, também é verdade que a Igreja não se omitiu diante da repressão tão logo constatou que os métodos usados pelos novos detentores do poder não respeitavam a dignidade da pessoa humana e seus direitos".
A CNBB também criticou a violência do regime militar, cometida, segundo a nota, "em nome de um progresso que não se realizou". O texto conclui fazendo uma defesa da democracia e afirmando que o Brasil ainda deve superar problemas sociais.
"Graças a muitos que acreditaram e lutaram pela redemocratização do país, alguns com o sacrifício da própria vida, hoje vivemos tempos novos. Respiramos os ares da liberdade e da democracia. Porém, é necessário superar a injustiça, a desigualdade social, a violência, a corrupção, o descrédito com a política, o desrespeito aos direitos humanos, a tortura… A democracia exige participação constante de todos", afirmou a confederação.
G1