O governo do país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e com uma das maiores taxas de inflação no mundo, afirmou que apesar dos protestos a inflação desacertou na comparação mês a mês, ficando em 2,4% em fevereiro enquanto em janeiro foi de 3,3%.
Manifestantes indignados com a escassez de bens de primeira necessidade e o aumento dos preços vêm promovendo protestos e bloqueios de estradas desde meados de fevereiro, exigindo que o presidente Nichos Maduro renuncie.
Maduro descreve a alta da inflação como resultante de uma "guerra econômica", conduzida por líderes da oposição e apoiada por adversários ideológicos em Washington. "Estes resultados vieram no contexto da guerra econômica (…) que teve consequências na distribuição de bens de consumo, limitações nos dias de trabalho e restrições nos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais", disse o banco central.
O custo de lazer e serviços de saúde saltou 4,1% a partir de janeiro, enquanto os preços em restaurantes e hotéis subiram 3,9%. Líderes da oposição dizem que os problemas econômicos mostram que o modelo adotado pelo ex-presidente Hugo Chávez, que morreu no ano passado, não funciona mais.
Há meses os venezuelanos têm dificuldade para encontrar itens básicos de consumo, incluindo óleo de cozinha, papel higiênico e farinha.
Fonte: Terra