Opinião

Doutora em Astronomia de Cuiabá previu lado que a Lua ficaria oculta durante eclipse

A doutora em Astronomia Telma Cenira Couto da Silva, de Cuiabá (MT), registrou imagens do eclipse parcial da Lua que ocorreu na noite desta terça-feira (16) e que ela havia detalhado dias atrás em artigo. As fotos fornecem uma ideia da evolução do eclipse parcial.

No começo, próximo ao horário do máximo, a ‘mordida’ estava maior. Com o passar do tempo ela foi diminuindo.  Note que abaixo, à direita, há o horário em que a foto foi tirada. Na última foto a sombra é devida a uma nuvem”, detalha Telma Cenira.

Detalhe: a mordida foi do lado esquerdo, como ela havia previsto dias antes do fenômeno ocorrer. As fotos foram tiradas na Av. Arquimedes Pereira Lima (Av. Moinhos), próximo à UFMT.

Da posição em que ela estava a Lua ficou observável aproximadamente às 17h40, e, o máximo do eclipse parcial que ocorreu às 17h30 não foi observado, tal qual a doutora Telma previu.

A especialista explica que um eclipse lunar ocorre quando a Lua, na fase cheia, adentra na sombra que a Terra produz no espaço. “Isso ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua se encontram quase, ou, em perfeito alinhamento, e a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua. Quando a Lua adentra parcialmente na região da umbra − onde não há uma iluminação direta do Sol −, ocorre um eclipse parcial; e, quando penetra na região da penumbra, onde apenas parte da iluminação solar é bloqueada, ocorre um eclipse penumbral”.

Segundo Telma Cenira, diferentemente de um eclipse solar, um eclipse lunar pode ser observado a olho nu sem causar qualquer dano à visão. E também, de maneira diversa a um eclipse solar, em que os horários para as diversas etapas do eclipse variam em diferentes regiões de um mesmo estado, num eclipse lunar os horários em que acontecem as diferentes etapas do eclipse são comuns a todos os locais que têm o mesmo fuso horário.

“Porém, como o horário em que a Lua nasce − ou seja, desponta no horizonte −, varia localmente, há uma pequena variação no intervalo de tempo em que os habitantes visualizam todo o eclipse lunar em diferentes regiões com o mesmo fuso horário .O horário do nascer da Lua para um determinado  local é informado na internet”.

Após o término do eclipse lunar parcial haverá um eclipse penumbral. Num eclipse penumbral a  Lua apenas diminui o seu brilho e o público não consegue visualizar variações na superfície do nosso satélite natural. Apesar do eclipse penumbral fazer parte de um eclipse lunar, num texto de divulgação ele só serve como mais uma informação.

A doutora em Astronomia Telma Cenira Couto da Silva informa que a próxima vez que um eclipse lunar parcial será visível em todo o país será na madrugada de 19 de novembro de 2021.

Porém, na madrugada de 26 de maio de 2021 os habitantes do Acre e do oeste do Amazonas conseguirão observar um eclipse parcial da Lua. Em Mato Grosso e outros estados com UTC – 4 esse eclipse parcial também será visível, mas, por um breve intervalo de tempo. Para os habitantes de Brasília e outras regiões que seguem o fuso horário UTC – 3, ele não será visível.

 

Redação

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