Economia

Dólar fecha em queda com Trump e à espera do Copom

O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira (11) , no patamar de R$ 3,19 e no menor preço em dois meses, sintonizado com o comportamento da moeda norte-americana no exterior, com investidores mais aliviados depois de a entrevista do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, não surpreender e à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juro.

A moeda norte-americana caiu 0,22%, vendida a R$ 3,1916, após bater mais de 1% de alta e ir R$ 3,2308 na máxima do dia, segundo a agência Reuters. Foi novamente o menor nível de fechamento desde 8 de novembro passado.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,21%, a R$ 3,1918
Às 9h49, alta de 0,15%, a R$ 3,2036
Às 10h39, alta de 0,55, a R$ 3,2163
Às 11h19, alta de 0,63%, a R$ 3,2188
Às 12h, alta de 0,41%, a R$ 3,2119
Às 13h, alta de 0,59%, a R$ 3,2175
Às 13h29, alta de 0,91%, a R$ 3,2278
Às 15h20, queda de 0,08%, a R$ 3,1959
Às 16h59, queda de 0,22%, a R$ 3,1916

Cenário externo e local
No exterior, o dólar o dólar passou a cair ante uma cesta de moedas e ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano, após a fala de Trump.
Entre outras coisas, Trump disse que agências de inteligência dos EUA podem ter vazado um dossiê com o que ele chamou de "notícias falsas" sobre como a Rússia tentou influenciar suas ações, e afirmou que as alegações são mentirosas. Também criticou o programa de saúde do presidente Barack Obama, conhecido como Obamacare.

De modo geral, os agentes econômicos temem que Trump, que assume o comando da maior economia do mundo no próximo dia 20, adote uma política econômica inflacionária e que obrigue o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros nos Estados Unidos. Nesse cenário, haveria atração de recursos aplicados atualmente em outros países, como o Brasil, gerando pressão no dólar.

No dia da eleição norte-americana, 8 de novembro, o dólar fechou a R$ 3,1674 ainda sob a expectativa da vitória da democrata Hillary Clinton. A moeda norte-americana subiu até R$ 3,4726 em 2 de dezembro, para então voltar a arrefecer.

"Trump foi muito vago na sua entrevista. O mercado achou positivo ele não falar nada pesado, nada alarmante, mas acho preocupante justamente não sabermos nada", destacou à Reuyters o economista-chefe da gestora Infinity Asset, Jason Vieira.

O Banco Central brasileiro continuou sem atuar no mercado de câmbio desde o dia 13 de dezembro.

A forte desaceleração da inflação oficial, que ficou em 6,29% em 2016, fortalece a aposta dos economistas de que o Copom irá acelerar o ritmo de redução da taxa básica de juros (Selic). Depois de duas reduções de 0,25 ponto, o grupo se reúne nesta tarde, quando deverá anunciar mais um corte. Hoje, os juros estão em 13,75% ao ano.

Fonte: G1

Redação

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