Foto:Ueslei Marcelino/Reuters
A decisão do deputado federal e presidente em exercício da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a tramitação do impeachment da presidenta Dilma Roussef, foi dita como orientação do presidente da Casa, agora em declínio, Eduardo Cunha (PMDSB-RJ).
Nas redes e também em blogs sobre política a ideia segue forte, levantada a partir do encontro entre os deputados Maranhão e Cunha, na sexta-feira, quando Cunha teria falado sobre o assunto com seu par.
A decisão teria sido tomada para controlar o processo do impeachment e, ainda de acordo com essa linha de raciocínio, possibilitar a volta de Cunha na liderança do extermínio do governo Dilma e início da era Temer.
Estudiosos da área do direito já estão questionando a legalidade do ato, tendo em vista que o processo já se encontra para votação no senado e, sendo assim, a decisão estaria ferindo um rito em andamento.
Maranhão afirma oficialmente que “ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”.
Ele afirma que os partidos não poderiam ter fechado questão sobre o impeachment, nem de forma favorável ou contra.
A presidente Dilma disse que não sabia das consequência da decisão tomada pelo deputado, mas salientou que o Brasil vive um momento em que é necessário ter cautela. “Nós vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas", disse ela, ao receber a notícia extraoficialmente durante um evento que participava pela manhã.
Em sua rede social o juiz Sérgio Moro opinou sobre o fato: "O PT propaga uma vitória ilusória contra os movimentos democráticos que querem a legalidade. É legítimo parafrasear Hiamamoto em 1945: 'Hoje, tivemos sim uma vitória, mas receio que tenhamos acordado um leão'. Nós brasileiros estamos bem acordados, vamos pra rua, chega desses bandidos brincando com nossa cara!".
Atualizada às 14h05