Cidades

Cresce a procura pela vacina contra febre amarela em Cuiabá

Os casos de febre amarela registrados no país têm deixado à população assustada em Cuiabá. O medo de contrair a doença tem feito com que  jovens, idosos e adultos com crianças busquem cada vez  mais pela vacina nos postos de saúde  da capital. Apesar do temor, ainda não há registro de pessoas infectadas com a doença em Mato Grosso. Em 2017, apenas um macaco foi encontrado morto com a doença, no bairro Nova Esperança III. 

Por conta disso, de acordo com os dados da Secretaria de Saúde do Município, desde o segundo semestre do ano passado, a Prefeitura de Cuiabá realizou campanhas de vacinação.  O cadáver do macaco foi encontrado com mais dois animais mortos. Na época, todos os animais foram encaminhados para exames laboratoriais, sendo que em apenas um deles houve um diagnostico positivo para febre amarela. Os demais resultdos foram negativos. Desde os acontecimentos, os postos de saúde trabalham na imunização da população.

O Circuito Mato Grosso esteve na Unidade de Saúde Dr. Nicóla Pécora, no bairro Jardim Independência, para conferir como estava a movimentação e procura pela vacina. No local, o atendimento estava tranquilo, não havia tumultos e nem grandes filas.

De acordo com a Enfermeira, Gheysa Galvão Silveira, responsável pela Unidade de atendimento, as vacinas estão sendo aplicadas apenas em dois dias da semana. “Aqui na unidade, quem precisar se vacinar deve vir na quinta ou na sexta, apenas nesses dois dias estão sendo aplicando a imunização contra febre amarela”, explica.

Além disso, cada unidade de saúde presente nos bairros tem organizado seu calendário de vacinação.  Porém, os profissionais da saúde alertam que as pessoas só precisam receber a vacina apenas uma única vez na vida, segundo o novo protocolo do Ministério da Saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmar que apenas uma dose da vacina da febre amarela é suficiente para proteger contra a doença por toda a vida. 

 Ainda de acordo com a direção da unidade, cem doses da vacina chegam semanalmente, o atendimento é organizado por senhas, metade delas é distribuída pela manhã e a outra à tarde. Por volta das 11h30 o atendimento é encerrado e, quem não consegue senha é orientado retornar a partir das 14h00.

Vacinação desnecessária

Os profissionais da sala de vacinação, afirmam que é necessário estar com o cartão de vacina, pois antes disso, é feito uma leitura do documento para saber se é necessário tomar a dose de febre amarela. “Muita gente é mandada embora, pois ao consultar o cartão de vacina, consta que ela já foi imunizada e quem já recebeu uma a dose está protegida por toda vida, não existe dose de reforço”, explica a Enfermeira Geysa.

Geralmente, os pais têm levado os filhos, mas na maioria dos casos as crianças não precisam tomar a vacina, isso por que, a imunização de febre amarela faz parte do calendário de vacinas obrigatórias e, com nove meses os bebês recebem a primeira dose e antes de completar cinco anos de idade, recebem uma segunda dose de reforço e estão imunizadas para o resto da vida.

 

 

A pequena Ana Júlia, precisou ser segurada pela mãe para ser vacinada. (Foto: Carlos Celestino).

 

A Dona Mariângela Abreu 42 anos, diretora de Autoescola, trouxe sua filha, Ana Júlia Abreu, de apenas 4 anos, para tomar a vacina de febre amarela,  mas não foi preciso. A pequena apenas atualizou  uma imunização que estava pendente. “Na verdade ela tomou outra vacina que faltava, o enfermeiro falou que a de febre amarela já tinha tomado com nove meses, era o que dizia o cartão”, relatou.

Ainda de acordo com a mãe o atendimento foi rápido e sem complicações. “Eu não demorei a ser atendida, foi tudo rápido, cheguei, peguei senha e logo fui atendida”, explicou Mariângela.

Cartão de vacinação

Outra preocupação das pessoas é com relação ao cartão de vacina. Caso alguém não tenha o documento e não se recorde se foi imunizado, as unidades de saúde estão realizando a vacina. “Caso a pessoa não se recorde se tomou ou não, ela pode vir que será vacinada”, relata responsável pelo posto.

De acordo com a Coordenadora de Programas, estratégicos de Imunização, Lidiane Siqueira, pessoas que não se vacinaram pode ir até as unidades do município. “Não temos suspeitas da doença no estado, quem não foi vacinado pode procurar as postos de saúde, é preciso levar o cartão de vacina”, relatou.

Embora o estado de Mato Grosso esteja incluído na lista nacional onde é recomendada a imunização, a população pode ficar tranquila, não precisa causar tumultos. Isso porque os dois fatores que coloca uma cidade em alerta é a morte de macaco e a suspeita de alguma pessoa infectada. E não existem dados de nenhum desses acontecimentos em nenhuma das cidades de MT.

Macacos são apenas vítimas

Outra situação que tem deixado as pessoas confusas é o processo de transmissão da doença, pois, há quem pense que o macaco é transmissor da doença, o que é um grande erro.“O macaco é apenas uma vítima, assim como os humanos, o transmissor é o mosquito Aedes Aegypti”, afirmou a Coordenadora.

Entenda como ocorre o ciclo da infecção:

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Se você tem dúvidas se precisa receber a dose da vacina, procure uma unidade de saúde mais próxima, leve seu cartão de vacina e documentos pessoais.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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