O custo da cesta básica aumentou 2,40% em Cuiabá no mês passado e ficou com preço médio de R$ 453,10, aponta balanço divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese).
Conforme os dados, Cuiabá tem hoje a quinta cesta básica mais cara dentre as capitais brasileiras. O preço corrói 55,97% do salário mínimo de R$ 880. Do total de jornal de trabalho, 113h16m são destinadas para a compra dos alimentos básicos – uma variação de 15,92% no ano.
A manteiga foi alimento que mais encareceu na passagem de julho para agosto (19,89%). A banana foi o segundo item com maior variação (18,15%). O pacote do arroz teve reajuste de 7,01%; o leite de 4,94% e o açúcar de 2,38%. O pão francês subiu 1,81% e o café 0,36%.
Dentre os itens com queda no preço, a batata teve o impacto mais forte com redução de 8,46%. Também sofreu revisão para baixo: carne (0,11%), feijão (4,18%), farinha (0,54%), tomate (0,73%) e o óleo vegetal (5,92%).
Comportamento do preço
Conforme o Dieese, em agosto houve predominância de alta no preço da manteiga, do café em pó, arroz, leite integral e açúcar. Já a batata, pesquisada na região Centro-Sul, o óleo de soja e o feijão tiveram o valor reduzido na maior parte das cidades. O valor da manteiga seguiu em alta em todas as capitais, exceto em Salvador (-0,50%), devido à menor oferta de leite.
O preço do café em pó teve aumento em 25 capitais, com variações entre 0,08%, em Florianópolis, e 6,94%, em João Pessoa. As reduções foram registradas no Rio de Janeiro (-1,12%) e em Rio Branco (-0,72%). O café em grão teve a oferta restringida pelo clima e, em agosto, o tipo robusta foi negociado a preços elevados; já o grão arábica encontrava-se em colheita, mas produtores esperaram elevação do valor, de forma que a negociação seguiu lenta.
O valor médio do quilo do arroz ficou mais caro em 24 cidades, manteve-se estável em Goiânia e diminuiu em Macapá (-0,63%) e São Paulo (-0,31%). As maiores altas foram verificadas em Campo Grande (9,79%) e Cuiabá (7,01%). O período é de entressafra de arroz, o que explica a alta nos preços.