Um líder da Al-Qaeda que tinha reivindicado, em um vídeo em nome da rede terrorista, o atentado contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo, em Paris, morreu no ataque com um drone americano no Iêmen, informou nesta quinta-feira (7) o centro de vigilância de portais islamitas SITE.
O ataque que matou este alto comando da rede na Península Arábica, Nasser bin Ali al Ansi – que também reivindicou em nome da Al-Qaeda a captura e a execução do refém americano Luke Somers – ocorreu em abril, segundo este centro americano.
O anúncio da morte de Ansi foi feito em um vídeo transmitido nesta quinta-feira no Twitter pela Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA).
O ataque aéreo parece ter ocorrido na madrugada de 22 de abril. Neste dia, testemunhas e um funcionário iemenita contaram ter visto, na cidade de Mukala, capital da província de Hadramut (sudeste), um ataque com um drone americano contra um veículo estacionado perto do palácio presidencial da cidade. Este ataque matou sete supostos membros da Al-Qaeda, informaram as fontes.
Ansi aparece no vídeo difundido em 14 de janeiro, no qual a AQPA reivindica o atentado contra a Charlie Hebdo, o semanário satírico francês que publicou várias vezes caricaturas do profeta Maomé, consideradas uma ofensa por amplos setores muçulmanos.
Este atentado contra o semanário, realizado em 7 de janeiro, deixou 12 mortos, entre eles cinco caricaturistas.
Ansi também tinha afirmado que o presidente americano, Barack Obama, era o único responsável pela morte de dois reféns, um americano e um sul-africano, durante uma operação de resgate fracassada em dezembro no Iêmen, segundo um vídeo divulgado naquele mesmo mês.
"Obama tomou a decisão errada, a assinatura da sentença de morte de seu concidadão" Luke Somers, assim como do sul-africano Pierre Korkie, afirmou Nasser al Ansi.
Os dois reféns morreram durante esta operação frustrada das forças especiais dos Estados Unidos no sudeste do Iêmen, na véspera do fim do ultimato de três dias, estabelecido por este grupo para executar Somers se Washington não aceitasse suas exigências não detalhadas.
Fonte: G1