O presidente do Sindspen, João Batista de Souza, declarou que a greve foi suspensa temporariamente porque o governo garantiu reaver a pauta de reivindicações considerando a possibilidade do pagamento de adicional de insalubridade, uma das cobranças da categoria.
Pouco antes da assembleia dos servidores, membros do sindicato se reuniram com o governador Silval Barbosa, que decidiu reabrir a negociação com a categoria. De acordo com o sindicalista, durante a reunião houve também a garantia de que para o próximo concurso, será exigido nível superior. O salário-base de um agente prisional é de R$ 1.998. Eles querem a recomposição de 20% referentes a 2012, 25% para este ano e 30% para 2014.
Porém, João Batista declarou que o prazo definido pela categoria para avanços e concretizações dos itens da pauta de reivindicação é de uma semana. “A categoria decidiu dar prazo de uma semana para os avanços garantidos pelo governador, caso não se obtenha nenhum avanço nesses dias, voltamos a deflagrar greve a partir do dia 9", ressaltou.
A greve foi deflagrada no dia 26 e os servidores estavam mantendo o efetivo de apenas 30%, o que resultou na suspensão das visitas de familiares aos reeducandos. A paralisação foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça (TJMT) que expediu liminares determinando o aumento do efetivo para 70% e multa de R$ 7 mil por hora. Devido ao clima de tensão nas unidades prisionais, o governo deixou a Polícia Militar de prontidão para atuar nos locais e ainda a convocação de servidores temporários para substituir os agentes em greve.
O edital de abertura de 100 vagas foi divulgado no Diário Oficial que circulou na quinta-feira (1º) e constou que os valores a serem pagos aos contratados temporariamente serão provenientes dos salários dos grevistas, que vão ser descontados. O salário oferecido é de R$ 1.997,35, com carga horária de 40 horas semanais.
Fonte: G1 MT
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