O Corpo de Bombeiros foi chamado ao local por volta das 10h. Eles tiveram que pedir apoio da Polícia Militar para entrar na escola e arrombar a sala onde os professores estavam. "Chegamos ao local, cortamos o cadeado e liberamos os professores para as atividades normais da escola", explicou o sargento do Corpo de Bombeiros Giovaldo Balduino da Silva.
Os professores ficaram aterrorizados e alguns em estado de choque. "A lei protege estes menores que andam praticando vandalismo na escola. Eles nos aterrorizam quando quebram janelas, portas e se não dermos licença eles nos 'quebram' também. O estado implantou o sexto horário, mas nada fez para nos ajudar. Agora está algo desorientado e dizem que é educação", desabafou a professora Maria Silvia da Silva Dias.
O vice-diretor contou que o problema começou com a transferência de alguns alunos de outras escolas e que a situação é cada dia mais grave. "Já sabemos quem é e já mapeamos os problemas que vamos levar para reunião com os pais, que inclusive, estava marcada para a próxima sexta-feira (14). Mas infelizmente é algo mais urgente e teremos que tomar outras medidas", afirmou o vice-diretor Elizeu Pedro Rocha.
Com apoio da PM, a direção ainda tentou contornar a situação, mas no fim da manhã as aulas foram suspensas e todos os alunos liberados. A escola abriga alunos do Ensino Médido, entre 14 e 17 anos. A superintende Regional de Ensino, Ísis Cintra, esteve na escola e anunciou uma intervenção pedagógica na instituição. Ainda segundo ela, esta semana deve ocorrer uma reunião com os pais dos alunos envolvidos, que serão identificados com a ajuda da polícia. Também serão convocados para participar os membros do Conselho Tutelar e a Promotoria da Infância.
G1