Economia

Alta do dólar perde força após pedido de demissão de Geddel

Notas de dólar (Foto: Heloise Hamada/G1)

O dólar reduziu o ritmo de alta em relação ao real nesta sexta-feira (25) após o ministro da Secretaria de Governo Geddel Vedeira Lima pedir demissão do cargo. Mais cedo, a moeda chegou a subir mais de 2% diante do noticiário político conturbado, depois que o presidente Michel Temer foi citado em depoimento à Policia Federal pelo ex-ministro Marcelo Calero.

Às 14h29, a moeda norte-americana subia 0,65%, cotada a R$ 3,4161, depois de bater R$ 3,4694 na máxima do dia, com valorização de 2,22%. Veja a cotação.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,919%, a R$ 3,4251
Às 9h30, alta de 1,59%, a R$ 3,448
Às 9h39, alta de 1,98%, a R$ 3,461
Às 10h19, alta de 1,27%, a R$ 3,437
Às 10h39, alta de 0,95%, a R$ 3,4264
Às 11h09, alta de 1,05%, a R$ 3,4296
Às 11h49, alta de 1,05%, a R$ 3,4296
Às 12h20, alta de 0,95%, a R$ 3,419
Às 13h09, alta de 0,71%, a R$ 3,4179
Às 13h59, alta de 0,72%, a R$ 3,4184.

"Está havendo uma crise política que, caso se alastre, vai dificultar a aprovação de reformas, o que pega no mercado", comentou à Reuters o operador da Ouro Minas Corretora, Maurício Gaioti.

A delação premiada de executivos da Odebrecht também era citada nas mesas de operação como foco de preocupação.

Caso Geddel
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou em depoimento à Polícia Federal que Temer o pressionou para encontrar uma "saída" para o caso de uma obra de interesse do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, ampliando uma crise que inicialmente se restringia a Geddel e agora ameaça respingar no presidente.

Nesta manhã, Geddel pediu demissão, citando sofrimento da família e "limite da dor". Também nesta sexta, Calero divulgou uma nota para negar que tenha solicitado na semana passada uma audiência Temer no Palácio do Planalto com o objetivo de gravar a conversa com o presidente.

A arrancada desta manhã levou o dólar para perto de R$ 3,47, nível considerado perigoso pelos profissionais do mercado, segundo a Reuters.

Interferência do BC no câmbio
No último dia 11, quando o dólar encostou em R$ 3,40, o BC fez dois leilões de swaps tradicionais – equivalente à venda futura de moeda – tanto para rolagem quando para colocar novos contratos no mercado. O BC esteve fora nos últimos dois pregões e tem avisado que atua para corrigir distorções do mercado, estouro da volatilidade.

Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares

Último fechamento
Na quinta-feira, a moeda dos EUA fechou praticamente estável, em queda de 0,003%, vendida a R$ 3,3939.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26