Cohen, subsecretário do departamento do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira, em um discurso em 2012.A organização já reconheceu abertamente esta tática, segundo a publicação."Sequestrar é um dinheiro fácil, que pode ser descrito como um negócio rentável e um tesouro precioso", escreveu Nasser al Wuhayshi, o líder da Al-Qaeda para a península arábica.Al Wuhayshi assinalou que o dinheiro dos resgates que em casos recentes alcançaram US$ 10 milhões de dólares por vítima representa até a metade de seu orçamento.
O jornal detalhou que mais de US$ 90 milhões foram pagos desde 2008 no Magreb Islâmico pela Suíça, Espanha, Áustria, uma quantia controlada pelo Estado francês e outros pagamentos de fontes não determinadas.Os insurgentes somalis shebab receberam US$ 5,1 milhões da Espanha, enquanto que a Al-Qaeda na península arábica recebeu cerca de US$ 30 milhões em dois pagamentos, um do Qatar e Omã e outro de origem não informada.Áustria, França, Alemanha, Itália e Suíça sempre negaram ter pagado resgates por sequestrados pela rede terrorista.
No entanto, um ex-alto dirigente da inteligência francesa declarou no ano passado à AFP, sob condição de anonimato, que "os governos e as empresas pagam em quase todos os casos".Citando ex-sequestrados, negociadores, diplomatas e altos funcionários de 10 países europeus, africanos e do Oriente Médio, o "New York Times" assinala que muitas vezes os resgates são camuflados como ajuda para o desenvolvimento.
"Os países europeus pagam resgates e depois negam, uma política que nos torna vulneráveis a todos", criticou Vicki Huddleston, ex-embaixadora americana no Mali em 2003, falando ao "Times".Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha se negam a pagar pela libertação de reféns, destacou o jornal, com o resultado de que poucas pessoas tenham sido resgatadas em operações militares ou tenham conseguido escapar.
G1