Economia

Abate de fêmeas cresceu 13% em MT

 
Dados do Instituto de Defesa da Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA-MT) apontam que, só nos cinco primeiros meses de 2013, em torno de 1,29 milhão de fêmeas bovinas já foram abatidas em todo o país. O número representa um aumento de 12,21% do que o registrado em 2012, quando foram enviadas aos frigoríficos 1,15 milhão de matrizes, como também são conhecidas. 
 
Esse crescimento segue uma tendência, tendo em vista que entre os anos de 2010 e 2011 houve um aumento de 46,8% no abate, totalizando quase setecentos mil exemplares de vacas a mais que foram para as processadoras.  
 
De acordo com o Superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT-MT), Luciano Vacari, a diminuição do gado de corte ocorre por uma demanda de marcado, e não em virtude de uma possível diminuição das áreas destinadas a pastagens, justificando que, com o advento da tecnologia, é possível utilizar o mesmo espaço físico e produzir a mesma quantidade de carne.
 
“Nos últimos três anos vem ocorrendo um movimento de mudança da área de pastagens para áreas de plantio. Isso não tem acontecido exclusivamente para agricultura, pois esses mesmo locais estão sendo utilizados para integração lavoura-pecuária. Em 2012 em torno de um milhão de hectares de pastos foram destinados a áreas de cultura, como soja, milho entre outros, o que não quer dizer que a produção tenha caído por esse motivo, tendo em vista que com a tecnologia temos condições de produzir cada vez mais no mesmo espaço físico”, disse ele.
 
Segundo Vacari, Mato Grosso possui seis milhões de hectares de pastos agriculturáveis, e o investimento na transição do tipo de negócio depende da questão da renda da atividade, afirmando que isso depende do mercado e do consumo, e que só a área disponível para seu uso não preenche todos os requisitos que fazem um produtor alterar o foco dos seus investimentos.
 
“A questão da renda e da atividade dependem da demanda do mercado e do consumo. Além disso, o que faz o produtor investir também é o momento econômico. Ninguém precisa ficar preocupado porque as áreas vêm sendo utilizadas de uma maneira mais eficaz, com a tecnologia, e que 2012 foi um ano particularmente ruim para a agropecuária, em virtude do abate das fêmeas, e não da diminuição dos pastos”, finaliza ele.
 

Redação

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