Economia

CEO por um dia: programa deve ter 30 empresas na edição 2017

Ao término da segunda edição do CEO por um Dda, uma frase do estudante de direito e economia Marcelo Martins reflete o sentimento partilhado por todos os universitários que participaram do programa: “Foi uma experiência muito boa. Sensacional”. Na mesma sintonia, o estudante de administração de empresas Leonardo Bock afirma: “Foi uma das experiências mais fascinantes da minha vida.”

O CEO por um dia escolheu 16 universitários para acompanhar uma jornada de trabalho inteira do presidente de uma grande empresa. É realizado pela consultoria Odgers Berndtson com apoio do Estado, PDA International e Machado Meyer Advogado.

No caso de Martins, ele foi selecionado para acompanhar o presidente da Falconi Consultores de Resultado, Mateus Bandeira. Bock, por sua vez, foi “sombra” da presidente do Banco UBS, Sylvia Coutinho.

Dos 16 universitários, o estudante Fernando Trindade ainda não passou o dia com o presidente da PwC, Fernando Alves, em razão de problemas de saúde. O encontro será realizado ainda neste mês.

Um jantar realizado na última terça-feira no escritório Machado Meyer Advogados celebrou o fim da 2ª edição do CEO por um dia, que de acordo com a Odgers Berndtson vai retornar no próximo ano. Possivelmente em maio.

“Foi uma experiência fantástica”, afirma a estudante de engenharia de produção na Unicamp Verônica Pricoli Scheel. Ela acompanhou o dia do presidente da Natural One, Ricardo Ermírio de Moraes.

“O senhor Ricardo é uma pessoa muito aberta,  me deu bastante atenção, conversamos bastante. Ele me contou a experiência profissional dele, desde a Votorantim. Quando ainda estava no terceiro ano da faculdade’ ele começou a fazer estágio”, diz Verônica.

“Deu para ver que o senhor Ricardo é bem hands on.  Com ele eu aprendi que para qualquer líder, quer seja no cargo de presidente ou de gerente, é preciso se assentar em três pilares. O primeiro é sempre falar a verdade, ser transparente. O segundo ponto, ele falou que é o conhecimento e o terceiro ponto é a gestão de pessoas. Precisamos de pessoas para trabalhar, ninguém faz nada sozinho, por isso se dar bem com as pessoas é muito importante”, comenta Verônica.

“Foi um sucesso”, afirma o diretor da Odgers Berndtson e coordenador do programa, Ademar Couto. Ele conta que todas as empresas que participaram desta segunda edição já manifestaram interesse em estarem presentes na rodada 2017. “Já existem quase 30 empresas que estão abertas a tomar parte no próximo ano”, revela.

De acordo com ele, os estudantes gostaram da vivência proporcionada pelo programa e formaram um grupo de relacionamento com os participantes deste ano e de 2015.

Aprendizado. Mais do que emoções por compartilhar o dia e as decisões de um presidente de uma grande empresa, o maior ganho para os jovens são os aprendizados que eles podem conquistar.

“Para crescermos na profissão, temos de ser bons com pessoas. Eu vi que o Mateus Bandeira é bom com pessoas. Tem de ser firme nas decisões e também é preciso ser aberto e flexível em relação às situações que se apresentam e saber se comportar naquelas situações”, diz Martins, referindo-se à maior lição do encontro. O jovem de 25 anos reforça seu ponto de vista: “O ponto mais importante, eu volto a dizer, são as pessoas, tem de saber lidar com as pessoas”.

Com um time de jovens que representa um terço da Falconi, Bandeira diz que a empresa recruta esse pessoal todo ano e que tem programas para integrá-los, por isso, ele pensava que a participação no CEO por um dia não seria novidade. “Mas foi”, admite.

“O Marcelo está se formando em direito, estuda economia e trabalha numa startup. Tem uma cabeça diferente da nossa. Ele fez comentários e perguntas, foi muito interessante”, conta o consultor.

Segundo ele, o dia foi intenso.“Foi algo diferente, porque ao mesmo tempo que temos contato com os jovens – eu participo do recrutamento de todo mundo aqui na empresa, inclusive de estagiários –, a experiência me despertou para coisas que eu ainda não tinha pensado antes. Ficamos muito satisfeitos.”

Bandeira conta que a experiência o inspirou a fazer internamente algo parecido com o CEO por um dia.

Fonte: Estadão

Redação

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