Economia

Operações de microcrédito do BNDES atingem marca de R$ 1 bilhão

As operações de microcrédito produtivo oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alcançaram, em outubro, a marca de R$ 1 bilhão em financiamento para o microempreendedor e microempreendedor individual. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (21) pela instituição.

O programa começou em 2005 e, desde 2014, entrou definitivamente para a carteira de produtos do banco. Desde o início, foi contabilizado um total de 1,3 milhão de operações, no valor de até R$ 20 mil, a juros de até 4% ao mês, para financiar capital de giro e investimentos produtivos de atividades de pequeno porte, como obras e compra de máquinas, equipamentos, insumos e materiais. Segundo o BNDES, 60% dos beneficiados são mulheres. Pelos dados do banco, 80% dos empréstimos são utilizados como capital de giro e em torno de 70% são para pessoas dos ramos de comércio e serviço.

A chefe do Departamento de Inclusão Produtiva do BNDES, Daniela Arantes, destacou que o trabalho na ponta é feito por agentes operadores habilitados pelo banco como instituições do Microcrédito Produtivo Orientado, que oferecem uma avaliação mais facilitada para a concessão do crédito do que as instituições financeiras tradicionais.

“É microcrédito mesmo, [são] valores bem pequenos. São pessoas que só conseguem alguma fonte de recurso via microcrédito. É facilitado, a análise é dos agentes repassadores. Em alguns casos, os microempreendedores nem têm conhecimento de que o recurso é do BNDES, eles acham que o recurso vem da entidade repassadora, mas a análise é muito mais flexível do que uma análise bancária tradicional”, ressaltou Daniela.

Atualmente, são 38 entidades credenciadas pelo BNDES em todo o Brasil, entre agências de fomento, bancos comerciais, cooperativas centrais de crédito, cooperativas singulares de crédito, bancos cooperativos, organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) e sociedades de Crédito ao Microempreendedor (SCMs).

O gerente do mesmo departamento, Paulo Roberto Monteiro, disse que os agentes operadores também auxiliam os tomadores do empréstimo a fazer o melhor uso do recurso. “O microcrédito produtivo orientado usa uma metodologia chamada de finança de proximidade. A instituição repassadora tem o agente de crédito que vai até o local de trabalho do microempreendedor e ali faz o trabalho de prospecção dos clientes e também uma orientação na utilização do recurso. E posteriormente ele faz um acompanhamento mês a mês para ver como está indo a evolução desse microempreendedor.”

A estimativa do BNDES é que, com um efeito multiplicador, o benefício do microcrédito tenha chegado a R$ 4,5 bilhões nas mãos de microempreendedores como costureiras, pipoqueiros, borracheiras, cabeleireiras, jornaleiros, marceneiros e artesãos, entre outros. O valor médio das operações é de R$ 2,5 mil e a taxa de inadimplência, inferior a 5%. Para ter acesso, a microempresa ou pessoa física empreendedora deve ter faturamento de até R$ 360 mil.

Fonte: Agência Brasil

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26