Monarca Bhumibol Adulyadej está internado em hospital de Bangcoc (Foto: Apichart Weerawong/AP)
O rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, morreu aos 88 anos nesta quinta-feira (13) no hospital onde estava internado em Bangcoc. A causa da morte não foi informada pelo palácio, segundo a Reuters.
Ele era o decano dos monarcas em exercício no mundo: estava havia 70 anos no trono e goza de um status de semideus, fruto de décadas de culto a sua personalidade.
Na quarta, o palácio tinha publicado um boletim médico inquietante, aumentando os temores após um dia de especulações, que já haviam levado os tailandeses a se reunir diante do hospital.
Vestidos de rosa e amarelo, as cores da monarquia, mais de 500 fiéis budistas entraram durante o dia no local para depositar flores e acender incensos. Posteriormente, rezaram ajoelhados. Alguns carregavam retratos do rei enquanto mantinham a cabeça baixa e faziam as orações.
O rei já estava respirando por aparelhos e "sob terapia de substituição renal", além disso sofria "com uma nova infecção", segundo o boletim divulgado na televisão nacional.
Nas redes sociais, muitos tailandeses substituíram sua foto de perfil por uma imagem em amarelo e rosa na qual se lia "Longa vida ao rei".
Sucessão
A morte de Adulyadej coloca o país em um período de incerteza, porque o status quase divino do rei faz com que a questão de sua sucessão seja um tabu na Tailândia.
Seu filho de 64 anos, o príncipe herdeiro Maha Vajiralongkorn, o sucederá no trono, segundo a France Presse.
O nome do sucessor, no entanto, será informado à Assembleia Nacional em sessão especial ainda nesta quinta. De acordo com o primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, ele já foi designado em 1972, segundo a Reuters.
A morte de Bhumibol é um grande teste para os generais do país, que tomaram o poder em 2014 prometendo restaurar a estabilidade após uma década de caos político, de acordo com a France Presse. O período turbulento foi intensificado pela piora do estado de saúde do rei, enquanto as elites competiam pelo poder.
Os militares têm ligações profundas com o palácio e muitos dentro do reino encararam o golpe como um movimento para garantir que os generais pudessem minar qualquer instabilidade durante a sucessão.
Fonte: G1