Economia

Dólar inverte o sinal e fecha em queda na segunda-feira (12)

Em um pregão de forte volatilidade, o dólar perdeu força no período da tarde após declarações sobre política monetárias feitas por um integrante do Federal Reserve (Fed, o bc americano). A divisa encerrou os negócios cotada a R$ 3,249, recuo de 0,88% ante o real. No pregão, a moeda variou entre a mínima de R$ 3,249 e a máxima de R$ 3,312. Já a Bolsa de Valores de São Paulo, com a menor aversão ao risco global, subiu 1,01%, aos 58.586 pontos.

No início da tarde, Lael Brainard, diretora do Fed de Chicago, avaliou que o cenário de melhora ainda gradual do mercado de trabalho deixa menos propício um movimento de aperto monetário. Na avaliação de analistas, essas declarações reduzem a probabilidade de uma alta de juros na reunião de setembro, o que levou investidores a buscarem opções de ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes.

— Essa indicação do Fed hoje, sinalizando cautela na acomodação da política monetária, leva a uma percepção de que os integrantes do Fed serão mais cautelosos — avaliou Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

O ambiente de enfraquecimento do dólar registrado no período da tarde é o inverso do que ocorreu pela manhã, quando a aversão ao risco estava mais elevada devido a declarações de outro membro do Fed (Eric Rosengren), na sexta-feira, das preocupações com os testes nucleares na Coreia do Norte e às dúvidas sobre a continuidade dos estímulos por parte do Banco Central Europeu (BCE), também na semana passada.

— Após um início de sessão de forte aversão ao risco, com a expectativa de um aperto monetário nos Estados Unidos já em setembro, os principais ativos de bolsa e as moedas rivais ao dólar conseguiram se recuperar — explicou Ricardo Gomes da Silva Filho, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio.

Petrobras e Vale ajudam bolsa

A alta do Ibovespa foi sustentada pelo desempenho dos papéis da Petrobras e da Vale. As ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) da estatal tiveram alta de 3,25%, cotadas a R$ 13,95, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) subiram 3,41%, a R$ 16,03, seguindo a alta do preço do petróleo no mercado internacional. No caso da mineradora, as PNs avançaram 2,48% e as ONs tiveram valorização de 3,73%.

A maior alta, no entanto, foi registrada pelas ações da Gerdau, com valorização de 5,06%. Na outra ponta, os papéis da Suzano caíram 2,31%.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou em alta de 1,32% e o S&P 500 subiu 1,47%. Já na Europa, a bolsa de Londres caiu 1,12% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 1,15%. No caso do DAX, de Frankfurt, a desvalorização foi de 1,34%. Por lá, os negócios fecharam antes das declarações de Brainard, do Fed.

Ainda no exterior, pesou a informação de que o Japão está avaliando maneiras de inclinar a curva de rendimento dos títulos japoneses, junto com preocupações de que bancos centrais em geral estão ficando sem opções de estímulo, também afetaram as dívidas soberanas e o apetite por risco globalmente. Hong Kong fechou com perdas de 3,36%, Xangai caiu 1,88% e o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, perdeu 1,73%.

Fonte: O Globo

Redação

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