Densa nuvem de fumaça escura sobe ao céu após ataque aéreo da coalizão comandada pelos EUA na cidade de Kobani, na Síria, em combate ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI). A foto foi feita de um morro perto de Suruc, na Turquia, perto da fronteira (Foto: Vadim Ghirda/AP)
A Turquia tem sido alvo de vários atentados nos últimos meses, atribuídos a dois inimigos do país: o grupo terrorista Estado Islâmico e militantes curdos.
Desde o ano passado, a Turquia é parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Além de fazer bombardeios aéreos em áreas dominadas pelo grupo extremista, o governo turco permite que os aviões americanos usem suas bases aéreas atacar alvos na Síria.
A Turquia iniciou os ataques aéreos ao EI após o atentado suicida de julho de 2015 em Suruc, uma cidade próxima da fronteira com a Síria, no qual morreram 34 pessoas e que foi atribuído a esses jihadistas.
Depois do ataque, o governo turco prometeu ter um papel mais ativo no combate ao terrorismo.
Também no ano passado, a Turquia aumentou os ataques a militantes curdos em muitas cidades do sudeste do país, de população majoritariamente curda. Desde então, os militares turcos vêm se concentrando sobretudo em alvejar seu antigo inimigo, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Os combates colocaram fim à frágil trégua entre o governo e o PKK, que realiza uma insurreição armada desde 1984. O PKK controla porções de território ao longo da fronteira turca.
Atentados recentes
O mais recente atentado ocorrido na Turquia antes do que atingiu o aeroporto de Istambul nesta terça-feira (28) foi no último dia 6. Um carro-bomba explodiu ao lado de um veículo policial, matando 11 pessoas e deixando outras 36 feridas. O ataque foi atribuído aos rebeldes do PKK.
Antes disso, no dia 19 de março, um atentado suicida em uma das áreas mais movimentadas de Istambul matou quatro pessoas e feriu outras 36. Segundo o governo turco, o homem-bomba tinha vínculos com o Estado Islâmico.
Outros atentados foram registrados em Ancara entre o fim do ano passado e o início deste ano. O pior deles deixou cerca de 100 mortos devido a duas explosões em uma manifestação sindical em favor da paz no país.
Imigração
A Turquia também é uma das principais portas de entrada de imigrantes e refugiados (especialmente sírios) na Europa.
Em março deste ano, a União Europeia aprovou um acordo com o governo de Ancara para conter o fluxo de imigrantes ilegais. Pelo acordo, são enviados de volta à Turquia os ilegais que chegam da costa turca à Grécia.
Em contrapartida, por cada sírio que seja devolvido à Turquia, outro que esteja em campos turcos será admitido na UE.
A UE também se comprometeu a retomar a análise do processo de entrada da Turquia no bloco. Nesta quinta-feira (30), deve ser aberto um novo capítulo nessa solicitação de acesso.
Fonte: G1