Ativistas do coletivo Anonymous estão colocando mensagens pró-LGBT em perfis do Twitter que alegam ser de simpatizantes do Estado Islâmico (EI). Os tuites incluem imagens e textos lembrando o atentado em Orlando ou indicando que os perfis estariam se revelando como gays e links para sites de pornografia homossexual.
O coletivo Anonymous não tem líderes e é formado por qualquer pessoa que diga se identificar com ele. Os Anonymous estão em "guerra declarada" contra o Estado Islâmico desde os ataques em Paris de novembro de 2015.
A principal estratégia da "Operação Daesh" e de outras do coletivo que têm o Estado Islâmico como alvo é interferir com a comunicação e o recrutamento de novos membros para o Estado Islâmico. Por isso, a maioria das contas invadidas é denunciada e suspensa pelo Twitter.
Após o ataque em Orlando, em que um atirador deixou 49 mortos e 53 feridos usando um fuzil AR-15 e uma pistola na boate Pulse, voltada para o público LGBT, algumas das invasões de contas ligadas ao Estado Islâmico não têm sido feitas somente para desativar as contas, mas para substituir as críticas ao homossexualismo com mensagens e conteúdo pró-LGBT.
Apoiadores do Estado Islâmico defenderam a ação do atirador, o que motivou os ativistas a adotarem a nova "tática". Os tuites publicados nas contas invadidas contêm textos que lembram o atentado, como "para as famílias e vítimas em Orlando: nós não esqueceremos". Em alguns casos,, as mensagens dizem apenas "eu sou gay" ou "faça mais sexo e menos guerra".
Ainda assim, boa parte dos "alvos" do Anonymous no Twitter já está com a conta suspensa. Em uma lista de alvos conferida pelo G1 datada do dia 10 de junho, apenas um perfil vazio ainda estava on-line. Vários perfis invadidos ainda on-line com mensagens em defesa dos gays têm menos de 100 seguidores, conforme apuração da coluna Segurança Digital do G1.
Fonte: G1