Cidades

Enfermeiros e técnicos de enfermagem entram em greve

Nesta segunda-feira (16), enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam em Várzea Grande, iniciaram uma greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) referente às perdas sofridas com a inflação de 2015 de 11,25% e o pagamento da recomposição das perdas salariais dos últimos quatro anos, em um total de 25%.

No Pronto-Socorro Municipal, cerca de 600 atendimentos são realizados por dia, mas apenas 50% dos enfermeiros e técnicos estão trabalhando no local. Eles estão trabalhando nos Centros Cirúrgicos, Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e no Pronto Atendimento. Nos demais setores, a categoria promete manter apenas 30% do efetivo.

Em nota a Prefeitura de Várzea Grande afirmou que a direção do Pronto-Socorro está dialogando com a categoria. Afirmam que defendem a continuidade dos serviços e que o atendimento aos pacientes não sejam prejudicados pela greve dos profissionais.

O sindicato da categoria afirmou que os profissionais exigem também melhores condições de trabalho e mais contratações. Segundo o sindicato, com o pagamento da reposição da inflação, o salário médio de um enfermeiro já passaria de R$ 1.760 para R$ 1.970, e o do técnico de R$ 880 passaria a ganhar R$ 970.

Confira a nota da Prefeitura de Várzea Grande

A direção do Pronto-Socorro de Várzea Grande está em diálogo com a classe dos profissionais da enfermagem e defende a continuidade dos serviços e atendimentos aos pacientes que não podem ser prejudicados.

Compreende que a reposição salarial reivindicada pelos profissionais é justa, um direito garantido por lei, mas depende de condições favoráveis para o pagamento do reajuste sob pena de se comprometer a regularidade no pagamento dos salários e também a manutenção de contratos temporários.

Mas pontua que é preciso agir com responsabilidade para não comprometer o funcionamento das unidades de saúde, em especial o Hospital Municipal Pronto-Socorro que atende a maior demanda de pacientes não só de Várzea Grande, mas também de municípios vizinhos.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso, Dejamir Soares, garantiu ao diretor-geral do Pronto-Socorro, Ney Provenzano, que os servidores vão manter 50% do efetivo trabalhando nos Centros Cirúrgicos, Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e Pronto-Atendimento. Nos demais setores, como clínicas e pediatria o atendimento será realizado por 30% do efetivo.

Uma Comissão de Negociação está tratando do assunto diretamente com a Prefeitura Municipal e as pastas responsáveis pelas finanças do Município, pois a exigência de reposição salarial não é exclusividade dos profissionais da enfermagem, mas de todos os mais de 6 mil servidores públicos municipais.

A comissão, coordenada pelo secretário de Governo, César Miranda, trabalha para encontrar uma solução que possa atender todas as secretarias e não somente uma categoria específica, reafirmando que a principal preocupação é não se comprometer os contratos de serviços e a regularidade no pagamento dos salários no último dia útil do mês trabalhado como acontece todos os meses desde quando a atual administração assumiu a gestão de Várzea Grande.

A Comissão Especial de Negociação ressalta ainda a vertiginosa queda na arrecadação das transferências constitucionais tanto por parte do Governo Federal quanto por parte do Governo Estadual, ao mesmo tempo em que, sem prejudicar o atendimento a população, promove o enxugamento dos gastos e despesas para poder honrar com a reposição das perdas inflacionárias nos salários do funcionalismo público de Várzea Grande

Catia Alves

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