O dólar opera em alta frente ao real nesta sexta-feira (22), sustentado pela atuação do Banco Central e com investidores preferindo estratégias mais defensivas enquanto acompanham os desdobramentos da política brasileira, em sessão de volume reduzido entre o feriado e o fim de semana.
A moeda norte-americana fechou em alta de 1%, vendida a R$ 3,5703, após ter fechado a R$ 3,5325 na quarta-feira.
Na semana, a divisa acumulou alta de 1,31%.
No mês de abril e no ano, entretanto, o dólar ainda acumula queda de 0,72% e 9,57%, respectivamente.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,95%, a R$ 3,5663
Às 9h20, alta de 1,14%, a R$ 3,5728
Às 10h19, alta de 1,3%, a R$ 3,5786
Às 10h39, alta de 1,41%, a R$ 3,5824
Às 11h10, alta de 1,32%, a R$ 3,5793
Às 11h50, alta de 1,64%, a R$ 3,5905
Às 12h39, alta de 1,51%, a R$ 3,5859
Às 13h20, alta de 1,27%, a R$ 3,5774
Às 14h10, alta de 1,29%, a R$ 3,5784
Às 14h50, alta de 1,19%, a R$ 3,5746
Às 16h, alta de 1,22%, a R$ 3,5756
Operadores ajustavam-se aos movimentos do câmbio na quinta-feira, quando o tombo dos preços do petróleo alimentou aversão a risco nos mercados globais com o mercado brasileiro fechado devido ao feriado de Tiradentes.
"O mercado está respeitando o BC e usando de cautela, por causa do quadro político", afirmou à Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.
Dilma participou nesta sexta-feira de evento na Organização das Nações Unidas (ONU), onde dedicou praticamente todo o discurso a questões ambientais, mas fez referência ao "grave momento" vivido pelo Brasil e agradeceu a líderes internacionais que manifestaram solidariedade a ela em meio à tramitação do processo de impeachment no Congresso.
A cautela do mercado com a situação política reflete a expectativa por nomes que podem formar a equipe econômica do vice-presidente Michel Temer caso o impeachment se concretize. Percepções de que Temer estaria enfrentando dificuldades para montar seu time têm causado alguma apreensão no mercado local, informa a Reuters.
Atuação do BC
O BC vendeu nesta manhã todos os 20 mil swaps reversos, que equivalem à compra futura, que ofereceu em leilão. O banco vem atuando pesadamente no mercado por meio desses instrumentos há semanas, mas diminuiu o ímpeto da atuação nesta semana após a Câmara dos Deputados aprovar o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O Banco Central informou no começo da semana que não fará mais leilões de rolagem dos swaps tradicionais que vencem no mês que vem, que equivalem a venda futura de dólares. Com isso, deixará vencer o equivalente a US$ 8,6 bilhões, que ajudarão a reduzir o estoque de swaps tradicionais, além dos cerca de US$ 31 bilhões de em swaps reversos até agora. O estoque de swaps, no início do mês, estava em torno de US$ 100 bilhões.
Fonte: G1