Economia

Jovens valorizam horário flexível e plano de carreira

Plano de carreira bem estruturado, pacote de benefícios diversificado, horários flexíveis e reputação positiva são alguns dos fatores mais atrativos para os jovens na hora de avaliar uma proposta de trabalho, segundo pesquisa da Page Personnel, empresa global de recrutamento especializado de profissionais de suporte à gestão, parte do PageGroup.

"A geração Y tem valores diferentes. Para eles, não basta apenas ter um bom cargo e salário. Isso é importante também, mas não é tudo. Os jovens estão de olho nas empresas que procuram tornar o ambiente de trabalho mais agradável. Para eles, muitas vezes a vida corporativa e de trabalho formal parece pouco atrativa. Restrições de comportamento e horário, por exemplo, que condicionaram a vida de seus pais, soam ultrapassados", explica Ricardo Haag, diretor da Page Personnel.

Para elaborar o estudo, a Page Personnel consultou, de junho a outubro de 2015, cerca de 2 mil profissionais de todo o Brasil para entender quais são suas reais impressões sobre o mercado de trabalho. Buscou saber como enxergam suas carreiras em termos de progressão, movimentação e a influência de seus empregadores no seu futuro.

Veja os fatores mais atrativos para os jovens na hora de avaliar um emprego:
1) Plano de carreira bem estruturado – 66%
2) Pacote de benefícios diverso – 57%
3) Horários flexíveis de trabalho – 37%
4) Reputação positiva da companhia – 33%
5) Habilidade de oferecer desafios constantes – 29%
6) Transparência na avaliação de resultados – 25%
7) Possibilidade de job rotation/ gestão de projetos – 20%
8) Habilidade da companhia se renovar e ser bem sucedida – 20%
9) Empresa com programas de responsabilidade social – 5%
10) Empresas com programas consolidados de sustentabilidade – 4%

Desafios das empresas
Para 78% dos ientrevistados, as empresas em que atuam não têm um plano de carreira estruturado para o seu cargo. "Este número é reflexo direto das percepções destes profissionais sobre seu futuro dentro da organização e, principalmente, daquilo que lhes é comunicado quanto oportunidades de progressão e desenvolvimento. Ou seja, é correto afirmar então que 8 em cada 10 profissionais que ocupam cargos de suporte à gestão, hoje, não enxergam um possível plano de carreira a partir dos cargos que ocupam", diz Haag.

Entre os 22% que afirmam reconhecer um plano de carreira estruturado nas companhias que atuam, mais da metade trabalha em empresas multinacionais. "Isto mostra que as empresas nacionais ainda não otimizaram a maneira que comunicam sobre os caminhos e oportunidades que podem ser seguidos internamente. Em consequência, acabam tendo menor apelo de atração frente ao mercado, e muitas vezes são postas como segunda opção no modelo de decisão de proposta sobre uma oportunidade", completa.

Na hora de decidir
Para metade dos respondentes, é importante ponderar a decisão de trocar de emprego de acordo com o perfil de gestão da empresa, baseando-se nas metas e expectativas a serem atingidas versus o tempo que levaria para se adaptar a essa nova posição.

Para 28%, é importante estudar o mercado antes de aceitar. Salários e benefícios mais atrativos que o candidato tem hoje influenciam na decisão de 12%. Os que precisam de tempo para pensar antes de tomar a decisão somam 8%. E 1% tende a aceitar a proposta, apesar da instabilidade da empresa ou recusar porque é mais seguro ficar na empresa em que trabalha hoje.

"Um salário e benefícios atrativos, ao final, não são razões suficientes para aceitar uma proposta. Os candidatos, em geral, têm estado mais cautelosos e o modelo de gestão da empresa pode ser uma ruptura no processo de seleção. Os candidatos pesquisam, ponderam e alinham expectativas antes de aceitar a proposta. Isto acontece principalmente por medo da movimentação, dos cortes, de não atingir metas e trocar uma opção segura por algo que pode trazer prejuízo", afirma Haag.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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