A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) recebeu nos últimos dez anos 4,7 milhões de atendimentos, segundo dados divulgados hoje (25), Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, pelo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
O serviço, cuja ligação é gratuita e está disponível 24 horas por dia, dá orientações, esclarece dúvidas e pode registrar denúncias de agressões contra mulheres.
Nos últimos dez anos, do volume de ligações recebidas, 552.748 foram relatos de violência. Os principais tipos foram de violência física (56,72%) e psicológica (27,74%). No total, segundo o ministério, foram feitos 1.661.696 pedidos de informação e 824.498 encaminhamentos a serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
Números de 2015
Entre janeiro e outubro deste ano, a Central realizou 634.862 atendimentos, número 56,17% maior que o do mesmo período de 2014 (406.515). Nos dez primeiros meses do ano, foram registrados 63.090 relatos de violência, 40,33% superior aos registrados em 2014.
Dentre as ligações com relatos de violência, 49,82% corresponderam a casos de violência física; 30,40% de violência psicológica; 7,33% de violência moral; 2,19% de violência patrimonial; 4,86% de violência sexual; 4,87% de cárcere privado; e 0,53% de tráfico de pessoas.
O ministério destacou o aumento de 300,39% nos casos de cárcere privado, com média de dez registros por dia. Os registros de estupros também aumentaram em 165,27%. De acordo com o Ligue 180, a média foi de um estupro a cada 3 horas.
Campo Grande foi a cidade com maior taxa de relatos de violência, seguida por Rio de Janeiro e Natal. Entre as unidades da federação, o Distrito Federal liderou, seguido por Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
Do total de atendimentos em 2015, 39,52% corresponderam à prestação de informações, principalmente sobre a Lei Maria da Penha; 9,65% são de encaminhamentos para serviços especializados; e 40,28% de encaminhamentos para outros serviços de atendimento, como Polícia Militar, Polícia Civil e Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos.
Fonte: Agência Brasil