Cidades

Laudo sobre mercúrio em água após garimpo sai em 1 mês

Exames laboratoriais deverão apontar daqui a pouco mais de um mês se a água consumida pela população de Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, foi afetada pelo mercúrio utilizado nos últimos meses em função da extração ilegal de ouro na Serra da Borda. Antes mesmo de ter sido efetuada a desocupação da área, a Secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema) alertou no final de outubro sobre a possível existência de mercúrio na rede de abastecimento da cidade.

Agora, com as amostras de água já colhidas, um laboratório em Cuiabá deverá iniciar a investigação sobre o metal tóxico e repassar o caso para outro laboratório, no Pará, o qual terá um mês para produzir um laudo conclusivo.

Segundo a Sema, foram colhidas amostras de água no Rio Guaporé, que passa pela região, e também ao longo de cinco pontos do sistema de abastecimento do município.

O Laboratório Central de Saúde Pública do Mato Grosso (Lacen), em Cuiabá, já recebeu o material e deverá realizar uma primeira análise sobre a concentração de mercúrio. Em seguida, a análise ficará sob responsabilidade do laboratório de referência do Sistema Único de Saúde (SUS), o Evandro Chagas, no estado do Pará.

 De acordo com a coordenadoria de Monitoramento de Qualidade Ambiental da Sema, mesmo que o laudo não aponte necessariamente uma concentração perigosa de mercúrio nas amostras de água analisadas, não devem ser descartados riscos à saúde humana e possíveis danos ambientais, pois o metal – alojado entre o sedimento no fundo dos rios – pode levar vários anos para provocar efetios de contaminação.

A preocupação com o mercúrio na água consumida pela população de Pontes e Lacerda advém do fato de que, ao longo dos últimos três meses, garimpeiros profissionais e ocasionais exploraram a Serra da Borda, nas imediações da cidade, em busca de ouro. Parte dos garimpeiros ocasionais que se atraíram pela “corrida do ouro” na região é moradora da cidade.

Segundo explicou a secretária estadual de Meio Ambiente, Ana Luísa Peterlini, no final de outubro, esses moradores chegaram a levar para suas casas o material extraído na serra para fazer a lavagem com mercúrio, metal que auxilia na separação do ouro de outros elementos contidos na terra. Fazendo a lavagem em casa, imediatamente o mercúrio utilizado pode ter escoado para a rede municipal de abastecimento, comprometendo a água utilizada em toda a área urbana e afetando também o Rio Guaporé.

Já a área de garimpo ilegal na Serra da Borda já foi evacuada por forças policiais em ação determinada pela Justiça Federal. O local, que chegou a concentrar cinco mil pessoas, agora está tendo as galerias, túneis e pontos de escavação implodidos. Parte dos garimpeiros expulsos chegou a se instalar no Parque Estadual da Serra Ricardo Franco, nas imediações, e está sendo procurada por forças policiais.

Fonte: G1

Redação

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