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Prefeito de Mariana diz que prejuízo chegou a R$ 100 milhões

Prefeito de Mariana, Duarte Júnior (Foto: Reprodução/TV Globo)

O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, disse na manhã desta quarta-feira (11), que o prejuízo com o rompimento das barragens é de R$ 100 milhões. Segundo Júnior, ele se refere a perdas de infraestrutura, como dano ambiental, pontes levadas e escolas que foram destruídas. Esse número foi de um levantamento preliminar feito pela Secretaria de Obras da cidade.

Na quinta-feira (5), as barragens de Fundão e Santarém se romperam, despejando 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água no vale onde estão alguns distritos como Bento Rodrigues, o mais afetado, Camargos, Paracatu de Baixo, Ponte do Gama e cidades na região. A lama atingiu o Rio Doce e afetou dezenas de cidades no Leste de Minas e Espírito Santo. Seis pessoas morreram e dois corpos ainda aguardam identificação. Vinte e uma pessoas estão desparecidas.

Duarte Júnior esteve em reunião com a gerência da mina de Germano na manhã desta quarta para conseguir números de funcionários da mineradora e entender quantas pessoas foram afetadas pelo rompimento das barragens e pela paralisação das atividades daSamarco em Mariana. A produção está parada após embargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Segundo o prefeito, a unidade de Germano tem 1.586 empregados. A Samarco ainda tem 133 funcionários em Belo Horizonte e 78 em Matipó, na Zona da Mata. Do total, 736 moram em Mariana, cidade com o maior número de empregados. Em Ouro Preto, são 562 funcionários. Ainda há empregados morando em 94 cidades.

Duarte Júnior disse que vai propor aos presidentes da mineradora Samarco e de suas acionistas Vale e BHP que assumam os custos e as contas do município. Segundo prefeito, 80% da arrecadação da cidade vem da atividade mineradora na unidade de Germano.

Segundo Duarte Júnior, só com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o município arrecada R$ 9 milhões por mês. Com a paralisação da Samarco, que de acordo com o prefeito concedeu férias coletivas aos funcionários de Mariana, programas sociais como a Escola Integral, estão ameaçados. Em janeiro, a previsão é que a arrecadação já caía em 30%.

O ICMS é pago dois anos após a atividade incidente, então o município ainda terá esta renda até 2017. Já o Imposto sobre Serviços (ISS) e a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), deixam de ser recolhidos imediatamente. Com isso, a perda para a cidade é de R$ 4 milhões por mês referente à Cfem e R$ 1,53 milhão por mês referente ao ISS.

Júnior disse, ainda, que a forma como os moradores serão ressarcidos ainda é discutida. A Samarco se comprometeu, segundo o prefeito, a, além das férias coletivas, não encerrar os contratos terceirizados, o que causaria demissões na cidade. Entre os 11 desaparecidos, dez são funcionários terceirizados e somente um é empregado da Samarco.

Fonte: G1

Redação

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