A cidade balneária de Monte Hermoso, na Argentina, foi palco de uma revolta violenta neste fim de semana, após a descoberta do corpo de uma jovem de 18 anos que estava desaparecida há uma semana.
Enfurecidos, alguns dos moradores desta cidade de 8 mil habitantes incendiaram vários prédios da cidade – entre eles uma delegacia e a casa do secretário de segurança – na madrugada deste domingo (24) e mataram o avô de um ex-namorado da jovem. O homem de mais de 60 anos foi agredido até a morte, segundo confirmou a polícia.
A morte da jovem Catherine Moscoso, que desapareceu depois de sair de uma discoteca, está sendo investigada. Seu corpo foi encontrado semienterrado a 200 metros do lugar em que foi achado seu celular. Uma autópsia confirmou que a jovem foi agredida no rosto e na cabeça e que foi enterrada depois, possivelmente quando ainda estava viva.
Segundo informes judiciais, a adolescente morreu por asfixia depois de ser enterrada. Ela estava morta há cinco dias. O ex-namorado era investigado. Segundo o jornal “Clarín”, o ex-namorado e uma amiga de Catherine são os principais suspeitos. Até o momento, ninguém foi detido.
“Estamos trabalhando em três linhas fundamentais: primeiro a investigação da morte de Catherine; segundo, o homicídio do homem que foi morto a golpes; e em terceiro lugar a resolução dos fatos destrutivos”, declarou à agência Associated Press Hugo Matzkin, chefe da polícia da província de Buenos Aires, da qual a cidade faz parte.
A polícia investigava as causas da morte de Catherine quando várias pessoas incendiaram a delegacia em que se encontrava o prefeito da cidade, Marcos Fernández, que teve de fugir pela porta de trás do edifício. Os familiares da jovem também estavam no local, segundo a polícia.
“É curioso, porque a família da vítima esteve conosco em todo momento e estava envergonhada dos fatos de se desenrolaram na cidade", disse Matzkin à AP. “Vamos investigar e identificar as pessoas que geraram esses episódios de destruição sistemática de instituições”, disse.
Imagens registradas durante os ataques aos prédios, bem como da agressão do idoso, estão sendo analisadas pela promotoria.
Fonte: G1