A marca de artigos esportivos Under Armour – que acaba de entrar no Brasil via patrocínio do uniforme do São Paulo Futebol Clube – vive uma polêmica de consumo nos Estados Unidos. O estopim foi o lançamento de uma camiseta que estampa a imagem de um time de basquete erguendo uma tabela. A cena é inspirada na foto da Segunda Guerra Mundial, de soldados dos EUA levantando a bandeira dos EUA após a batalha de Iwo Jima, que levou a morte de quase 7 mil soldados.
A reação partiu das Forças Armadas dos EUA e militares que protestaram no Twitter e Facebook.Segundo o site CNN Money, a camiseta chamada de "Band of Ballers" custava US$ 24,99, mas teve as vendas surpresas, com um pedido de desculpas da marca, que afirmou oficialmente lamentar profundamente o ocorrido. "Nos desculpamos pela blusa que não era um reflexo de nossos valores em honra e respeito aos heróis do nosso país foi posta à venda”.
Em março, o apresentador e empresário Luciano Huck sofreu fortes críticas por ter colocado à venda em seu site de comércio eletrônico de camisetas, o UseHuck – uma linha desenvolvida em parceria com a marca Reserva – uma peça infantil. A camiseta para criança trazia a frase estampada: "Vem ni mim que eu tô facin".
Diante das criticas dos consumidores, principalmente nas redes sociais, a loja virtual interrompeu as vendas da polêmica camiseta. Em comunicado oficial, a marca pediu desculpas e justificou o ocorrido como uma falha operacional: “É comum em e-commerce que as artes das estampas sejam aplicadas posteriormente sobre fotos dos modelos com camiseta branca (…) Por erro nosso, todas as artes de carnaval (inclusive e infelizmente, esta arte) foram aplicadas sobre a coleção infantil e disponibilizadas no site sem a devida revisão”.
Na Copa do Mundo 2014, realizada no Brasil, a Adidas foi publicamente repreendida por dezenas de consumidores após lançar camisetas temáticas do evento, mas como conotação sexual.
A Marisa também cometeu uma grande gafe graças a um descuido com a estampa de seus produtos e protagoniza uma polêmica entre os consumidores. Um modelo de camiseta disponível na loja online vinha com a seguinte frase estampada em dourado: “Great rapers tonight”. Em português, a frase significa nada menos que “Grandes estupradores esta noite”. Tratou-se de um erro de grafia. Bastaria dobrar o “p” para que a palavra “estuprador” virasse rappers – artistas da cena musical do rap, bastante popular entre o público juvenil.
Em 2011, a varejista Renner teve de recolher jaquetas que vinham estampados com o emblema da banda Skrewdriver, vinculada ao neonazismo na década de 80. A empresa teve de se explicar e houve até investigação sobre uma possível “apologia ao crime”. Em caso recente, a Abercrombie & Fitch sofreu graças à declarações de um dos sócios, que dizia não querer ver pessoas que vestem mais que 42 usando roupas da marca.
A maior parte das crises de imagem, no entanto, se deve a peças publicitárias que fazem trocadilhos politicamente incorretos.
Fonte: Terra