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Professores do PR fazem nova manifestação

Os professores da rede pública estadual do Paraná saíram da Praça 19 de Dezembro em direção ao Centro Cívico de Curitiba, na manhã desta terça-feira (5), para protestar contra o confronto entre os trabalhadores e a Polícia Militar (PM) que terminou com mais de 200 feridos na quarta-feira (29). Segundo a PM, por volta das 11h30, cerca de 10 mil pessoas participavam da manifestação.

Uma reunião entre representantes do governo e da educação para definir outras pautas de reivindicação será realizada no fim desta manhã.

Depois, às 14h30, os professores vão se reunir em assembleia para definir o rumo da paralisação, que completa 11 dias. O encontro deve reunir milhares de servidores e será realizado no Estádio da Vila Capanema.

Por causa da greve, quase 1 milhão de estudantes estão sem aula no estado. A Justiça chegou a determinar o retorno imediato dos professores às salas de aula, mas o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) entrou com recurso.
"Os trabalhadores estão muito revoltados e indignados com tudo o que aconteceu", disse o presidente do sindicato, Hermes Leão.

A paralisação dos professores foi motivada pelo projeto do governo estadual de mudar a forma de custear a ParanaPrevidência, o regime da Previdência Social dos servidores do estado. No mesmo dia do confronto, o texto foi aprovado em segundo turno e em redação final. No dia seguinte, foi sancionado pelo governador Beto Richa (PSDB).

Os professores entraram em greve em fevereiro e paralisaram as atividades por 29 dias. O ano letivo começou com um mês de atraso, porque os docentes suspenderam as atividades em protestos contra as condições de ensino no estado e também por discordarem do chamado “pacotaço”, que continha projetos de lei do Executivo com cunho de austeridade fiscal.

'Nós lamentamos'
Na segunda-feira (4), o secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre o confronto da semana passada.

“Não tem justificativa. Nós lamentamos. As imagens são terríveis. Nunca se imaginava que um confronto como esse terminasse de maneira tão lastimável, com as imagens que nós vimos. Nada justifica lesões, vítimas, de ambos os lados”, afirmou.

O secretário reafirmou que 20 policiais ficaram feridos e manteve a informação de que sete manifestantes presos foram identificados como integrantes de grupos radicais. Francischini também disse que a pasta contribuindo com a investigação do Ministério Público (MP) para apurar se houve excessos por parte da polícia.

Segundo a Prefeitura de Curitiba, 213 pessoas ficaram feridas, em mais de duas horas em conflito, com uso de bombas e tiros de balas de borracha. Um cachorro da polícia mordeu um cinegrafista.

Fonte: G1

Redação

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