O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (21), a R$ 2,60, dando continuidade ao movimento da véspera, e ainda reagindo à perspectiva de maior disciplina fiscal no Brasil e à expectativa de novos estímulos econômicos do Banco Central Europeu (BCE) na zona do euro.
A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,6066, em baixa de 0,32%.
A última vez que a divisa fechou abaixo de R$ 2,60 foi no dia 9 de dezembro, quando terminou o dia cotada a R$ 2,5981.
Medidas de maior rigor fiscal do governo brasileiro vêm agradando os mercados nas últimas semanas. A perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie na quinta-feira um programa de compra de títulos também contribuía para o ânimo, já que parte dos recursos injetados na economia europeia tenderia a migrar para cá.
Mas as condições atuais da economia brasileira, com expectativas de crescimento quase zerado neste ano e inflação acima da meta do governo, limitavam o espaço para baixas do dólar.
"Quando vemos um movimento de queda mais sustentado, logo aparece um fluxo de compra. Parece que o mercado não acredita em baixas muito maiores do que isso", disse à Reuters a operadora de uma banco internacional.
O BC deu continuidade, nesta manhã, às intervenções diárias no mercado de câmbio, ofertando até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de setembro e 1º de dezembro de 2015.O BC fez ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a US$ 10,405 bilhões, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou 66% do lote total.
Após o fechamento dos negócios, o BC anunciará sua decisão sobre a Selic. A expectativa quase unânime no mercado financeiro é de alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a 12,25%.
Na terça-feira, o dólar fechou em baixa de 1,54%, a R$ 2,615.
Fonte: G1