Telefone e internet cortados, pagamentos da conta de luz e dos serviços terceirizados atrasados, falta de pagamento ao fornecedor de alimentos. Essa é a situação que a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) se encontra a menos de uma semana do reinício das aulas do Ensino Superior Indígenas. A situação foi exposta pela nova reitora, Ana Maria Di Renzo, ao secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, na manha desta quarta-feira (07).
Segundo a reitoria e equipe, a Unemat deveria ter recebido um repasse de R$3,1 milhões em dezembro de 2014. Desse montante, apenas R$ 700 mil reais chegaram à universidade, suficiente apenas para pagar os bolsistas e estagiários.
“Temos 200 alunos chegando de todos os lugares do Brasil na próxima semana, com passagens já compradas pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Precisamos encontrar uma forma de pagar essas dívidas para receber esses alunos da melhor maneira possível”, destacou o vice-reitor.
A Unemat possui 22 mil alunos, e o custo anual para cada aluno é de 10 mil reais, valor abaixo da média das outras universidades estaduais, que é R$ 17 mil. “Queremos mostrar a Mato Grosso o tesouro que é a Unemat. Nossa gestão também começa agora e estamos trabalhando com metas de planejamento e de divulgação das nossas ações”, destaca a reitora.
O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, explicou que a educação é uma das prioridades do governador Pedro Taques e que tudo será feito para resolver as pendências e viabilizar o início das aulas do Ensino Superior Indígena.
Ainda foi informado pelo secretário, que a Casa Civil passará a ter uma pessoa para atender somente as demandas da universidade e ajudar com os diálogos com todos os outros órgãos. “Queremos dar à Unemat o mesmo espaço para diálogo que teremos com o poder Legislativo, Judiciário e Municípios”, frisou.