Um responsável pela agência informou à agência France Presse (AFP) que uma equipe da ONU estava na escola localizada no campo de refugiados de al-Maghazi (centro do território) no momento em que disparos de tanques militares atingiram o prédio.
A AFP não reporta se houve vítimas. Em 15 dias de conflito, as vítimas palestinas da ofensiva israelense já somam 609 pessoas. Segundo o Unicef, o organismo das Nações Unidas para a proteção da infância, dentre o total de vítimas palestinas, 121 eram crianças, 80 delas de menos de 12 anos. Além disso, pelo menos 904 outras crianças ficaram feridas, acrescentou o órgão.
No mesmo período, 27 soldados israelenses também morreram, os dois últimos em combates na noite desta segunda (21), além de dois civis, um israelense e um beduíno, depois que foram atingidos por foguetes lançados da Faixa de Gaza.
Nesta terça, a liderança palestina propôs ao Egito um plano para um cessar-fogo em Gaza seguido de cinco dias de negociações para tentar interromper os combates entre palestinos e israelenses, informou o oficial palestino Azzam al-Ahmed no Cairo.
No Egito, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o chefe da diplomacia americana, John Kerry, tentavam alcançar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas após duas semanas de bombardeios.
Escalada de violência
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.
O governo israelense acusou o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O Hamas não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou um grande contingente militar para a área da Cisjordânia, principalmente na cidade de Hebron e arredores. Dezenas de membros do Hamas foram detidos, e foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.
Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. Analistas sustentam que eles foram assassinados na noite de seu desaparecimento.
A localização dos corpos aumentou a tensão, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, 1º de julho, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou posteriormente que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.
No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv.
G1