Com a chegada das festas de fim de ano, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) voltou a crescer em Cuiabá, impulsionado pelo otimismo do setor em relação ao período. A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o indicador subiu de 102,6 pontos em outubro para 104,9 em novembro, um avanço de 2,3%. O desempenho foi sustentado sobretudo pela percepção mais favorável das empresas sobre suas condições atuais e pelas expectativas para os próximos meses.
O componente que mais contribuiu para este aumento foi o de Condições Atuais do Empresário do Comércio, que registrou crescimento expressivo de 8% em relação ao mês anterior. Já os índices de Investimento do Empresário do Comércio e de Expectativa do Empresário do Comércio também avançaram, embora em ritmo menor, com altas de 0,8% e 0,3%, respectivamente.
Para o presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, os números demonstram que os empresários estão mais confiantes no desempenho das próprias empresas do que no cenário econômico nacional. Segundo ele, “apesar de Condições Atuais, Expectativas e Investimento demonstrarem melhora, indicando maior otimismo por parte dos empresários, a percepção negativa sobre a economia brasileira por mais da metade deles mostra uma crença no desempenho interno das próprias empresas, e não uma confiança no cenário macroeconômico”.
A pesquisa da CNC revela que 77,7% dos entrevistados acreditam que a economia nacional piorou em comparação a novembro de 2024, e 71% avaliam que o setor do comércio também está em situação menos favorável. Mesmo assim, 62,9% dos empresários afirmaram ter registrado melhora nas condições internas de suas empresas ao longo deste ano. Para os próximos meses, 60,1% esperam evolução positiva, e 75,4% pretendem ampliar o quadro de funcionários, enquanto 52,5% dizem investir mais que no ano passado.
Apesar da retomada do Icec à zona de otimismo, o índice permanece 7% abaixo do registrado em novembro de 2024, quando alcançou 112,8 pontos. Situação semelhante ocorre no cenário nacional, que embora tenha subido de 100 para 104,3 pontos em novembro, segue inferior ao resultado do mesmo mês do ano anterior. Para Wenceslau Júnior, a recuperação — ainda que lenta — indica uma tendência positiva: “A volta dos indicadores acima dos 100 pontos mostra que tanto o cenário local quanto o nacional caminham para uma recuperação gradual da confiança, sustentada por expectativas mais favoráveis para o fim do ano”.

