Economia

Com juro alto, emissão de títulos públicos é a maior da história

 
No mês passado, o Tesouro Nacional emitiu R$ 57,97 bilhões em papéis ao mercado financeiro (em ofertas públicas), o maior valor da história, superando o recorde anterior, registrado em setembro de 2013 (R$ 52 bilhões), de acordo com o governo federal. Do volume total de emissões em ofertas públicas de março deste ano, R$ 36 bilhões foram em prefixados (com juros fixados no momento do leilão) e R$ 18 bilhões em pós-fixados (que acompanham a variação da taxa Selic).
 
Ao comprar títulos prefixados, em um momento de juros altos, os investidores continuam recebendo remuneração próxima à taxa básica de juros do momento atual (11% ao ano) até o vencimento dos papéis. Deste modo, "travam" um rendimento maior mesmo com um eventual recuo da taxa Selic, fixada pelo BC para controlar a inflação, nos próximos anos.
 
"Boa parte dessa demanda [por títulos públicos pelo mercado financeiro em março] é percepção dos investidores de que é um momento atraente para comprar títulos dadas as perspectivas do ciclo de política monetária [definição dos juros básicos por parte do Banco Central]. Boa parte [dos investidores] acredita que o ciclo de alta dos juros esta próximo do fim. É um momento interessante para comprar títulos públicos. O investidor pessoa física [por meio do Tesouro Direto] também está ententendo que é um momento positivo para compar de títulos", declarou Garrido, do Tesouro Nacional.
 
Os números do Tesouro Nacional mostram que as instituições financeiras foram as principais responsáveis pela forte demanda, e também pelo alto volume de emissão pelo governo federal, de títulos públicos em março deste ano. A participação dos bancos, no total da dívida pública, subiu para 29,68% em março, contra 28,96% em fevereiro. A participação dos fundos de investimento teve pequeno recuo, enquanto que a dos fundos de previdência registrou pequena alta. Os investidores não residentes, por sua vez, tiveram sua participação reduzida de 17,38% em fevereiro para 17,28% em março.
 
G1

Redação

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