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PBoC ajusta ferramenta de empréstimo em sinal de mudança de política

O banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) ajustou o preço dos empréstimos de um ano para os credores comerciais, uma medida vista como um novo sinal de que está afrouxando sua postura monetária em uma reformulação de políticas.

A mudança efetivamente elimina a taxa de facilidade de empréstimo de médio prazo, que já foi importante, e pode aliviar as tensões financeiras dos bancos do país, segundo analistas.

A partir do final de março, o PBoC realizará operações de empréstimo do MLF em uma quantidade fixa, licitação de taxa de juros e licitação de preço múltiplo, disse em um comunicado na segunda-feira. Segundo o BC, a medida visa a atender melhor às necessidades das instituições financeiras.

Os economistas afirmam que a mudança significa que não haverá uma taxa única para os empréstimos do MLF e também permitirá que os instrumentos de prazo mais curto desempenhem um papel maior na orientação dos mercados.

“Vemos um pequeno corte de fato na taxa com a medida, o que poderia marcar a mudança da postura monetária de um viés hawkish para acomodatícia”, escrevem Xiangrong Yu e Xinyu Ji, do Citi, em uma nota.

Muitos analistas esperam que o novo método de precificação ajude a reduzir os custos de empréstimos de MLF para os bancos chineses, o que seria um alívio, já que muitos deles estão pressionados por margens de lucro reduzidas em meio à demanda lenta por crédito e ao esforço contínuo dos formuladores de políticas para impulsionar a economia.

Pessoas próximas ao PBOC declararam ontem ao jornal estatal Securities Times que a mudança ajudará a reduzir os custos de responsabilidade dos bancos, aliviará a pressão sobre a margem de juros líquida e aumentará a sustentabilidade do apoio financeiro à economia real.

Em uma medida rara, o PBOC também anunciou que injetará 450 bilhões de yuans, ou cerca de US$ 62,04 bilhões, de liquidez no sistema bancário por meio da ferramenta de empréstimos de médio prazo, um montante que, segundo os economistas do Citi, equivale quase a um corte de 25 pontos-base nos índices de exigência que regem o montante de dinheiro que os bancos devem manter como reservas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão Conteudo

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