Internacional

Obama é recebido por Papa Francisco no Vaticano

 
Após cerimônia da guarda suíça, Obama e sua delegação foram levados a um salão com afrescos onde o presidente e o Papa apertaram as mãos.
 
O primeiro Papa da América recebeu de pé, na entrada de sua biblioteca privada e com uma certa formalidade, o presidente americano, que sorria e parecia emocionado ao encontrar Francisco.
 
"Welcome, mister president" (Bem-vindo, senhor presidente), disse o Papa em inglês, idioma que não costuma falar.
 
Em seguida, dois tradutores, um religioso e uma mulher com uma pequena manta, entraram para participar no encontro, que acontece no escritório papal, com os dois sentados um de frente para o outro.
Em sua primeira visita ao Vaticano, Obama foi recebido no pátio de São Damásio, onde era esperado pelo prefeito da casa pontifícia, o bispo Georg Gaenswein, também secretário de Bento XVI, o Papa emérito que renunciou ao cargo em 2013.
 
Obama destacou a crescente diferença entre ricos e pobres durante o encontro com o Papa Francisco, um evento que era esperado para se concentrar na luta contra a pobreza e em controvérsias sobre temas como aborto e direitos dos homossexuais.
 
O presidente dos Estados Unidos elogiou o Papa por sua ênfase em ajudar os pobres e disse que a reunião poderia dar um impulso a algumas de suas iniciativas, como aumentar a classe média e ajudar os americanos de baixa renda.
 
'Papa nos desafia'
 
Em entrevista a um jornal local, Obama disse que a globalização e o aumento do comércio levou centenas de milhões de pessoas a sair da pobreza nas últimas décadas. Obama disse em uma entrevista ao jornal italiano "Il Corriere della Sera" que estava 'muito agradecido' pela disposição do Papa a recebê-lo no Vaticano.
 
"O Papa nos desafia. Implora que recordemos das pessoas, das famílias, dos pobres. Nos convida a parar e a refletir sobre a dignidade do homem", disse Obama.
 
"Venho a Roma para ouvi-lo", completou o presidente americano, antes de ressaltar que 'o pensamento' do pontífice é 'precioso para compreender como podemos vencer o desafio de combater a pobreza extrema e a desigualdade na distribuição de renda".
 
"O Papa nos desafia. Ele nos implora para lembrar das pessoas, das famílias, dos pobres', completa Obama, destacando que o sumo pontífice 'nos convida a parar para refletir sobre a dignidade do homem".
 
O presidente americano disse ainda que quer ouvir o que o Papa propõe 'para limitar as desigualdades na distribuição de renda'.
 
"Ao nos colocar contra a parede em relação à justiça social, ele nos mostra o risco que existe de se acostumar com as desigualdades extremas a ponto de considerá-las normais", acrescentou Obama nessa entrevista feita quando ele estava em Bruxelas.
 
Na mesma entrevista, ele comenta sobre a visita à Itália, onde deverá se encontrar com o presidente Giorgio Napolitano – de quem ele gosta muito – e com o primeiro-ministro Matteo Renzi, há apenas um mês no cargo.
 
Ele disse desejar uma aceleração nas negociações para um acordo de livre-comércio entre os Estados Unidos e União Europeia, durante o semestre da presidência italiana do bloco.
 
Roma foi literalmente blindada para a chegada de Obama, que permanecerá 40 horas na Cidade Eterna.
 
O presidente americano também se reunirá nesta quinta-feira com o presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, e com o primeiro-ministro, Matteo Renzi.
 
Durante a tarde visitará o emblemático Coliseu, fechado ao público para a ocasião.
 
G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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