Ytallo Bezerra, também conhecido como “o filho du Hómi”, se prepara para lançar em maio seu primeiro CD, “O Samba na Favela” já em fase de finalização de arranjo e que trará 12 músicas, sendo seis inéditas. O carro chefe do CD será Tô Chegando, de autoria do próprio Ytallo. As outras seis serão clássicos de Bezerra da Silva, como Vou Apertar e Paio Véio 171.
Mas este experiente músico não começou sua carreira agora. Aos 48 anos, já contabiliza 34 anos na estrada, seguindo os passos do seu genitor, também conhecido como “o embaixador das favelas”. No início tocava em bandas de grandes sambistas brasileiros, a exemplo de Beth Carvalho, de quem é muito amigo e considera sua orientadora.
“Em 2000, quando fomos tocar no Reveillon de Copacabana acompanhando a Beth, faltou um vocalista e ela me pediu para substituí-lo. Foi aí que entrei realmente para a carreira artística”, recorda-se.
Ytallo faz questão de contar que não deixou e nunca deixará suas raízes. É um frequentador assíduo de favelas como Jacaré, Rocinha, Vidigal, Acaraí e Cruzada, no Rio de Janeiro, onde reside. Porém começou a ganhar outros estados brasileiros. Está saindo para trabalhar as músicas que estarão no seu primeiro álbum. Tem marcado presença em São Paulo, Belo Horizonte e agora conquistou o público cuiabano.
Herança – “Jamais substituirei meu pai”, diz Ytallo Bezerra, que confessa o orgulho que sente de Bezerra da Silva. Porém, também diz estar muito consciente de que ser “filho du hómi” é uma grande responsabilidade.