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Cartões movimentam R$ 1 trilhão no 3º tri, com alta de 10,2% em 1 ano, aponta Abecs

O setor de cartões movimentou R$ 1 trilhão em transações no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 10,2% em um ano, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o crescimento é de 10,9%, com um volume financeiro de R$ 3 trilhões.

O presidente da Abecs, Giancarlo Greco, afirmou nesta quinta-feira, 7, que o momento positivo da economia ajuda, com a queda no desemprego e o consequente impulso ao consumo.

“Quando nós fizemos a projeção para o ano, sempre olhamos para R$ 4 trilhões, e conseguimos ver que esse número tem uma chance muito grande de ser atingido no quarto trimestre”, disse ele, em coletiva de imprensa para tratar dos números do setor no terceiro trimestre deste ano.

Houve desempenho distinto entre as diferentes modalidades de cartão. O crédito, que é o mais representativo, movimentou R$ 693,2 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 14% em um ano. O débito, por outro lado, ficou quase estável (-0,4%), movimentando R$ 248,3 bilhões.

O principal ofensor ao desempenho do débito é o Pix, que tem sido mais adotado como método de pagamento em compras, tanto no varejo online quanto no comércio físico. Para reduzir esse impacto, o setor tem buscado ampliar a competitividade do débito nas compras online, com pagamentos sem senha, por exemplo.

Pagamento por aproximação

O pagamento por aproximação utilizando cartões chegou a R$ 376 bilhões em volume financeiro no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 46,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Abecs.

O maior crescimento foi no crédito, com alta de 50%, seguido pelo débito, com crescimento de 49,1%. A aproximação respondeu por 65% das compras presenciais com cartões no período, contra 52,3% um ano antes.

“Existem ainda alguns cartões físicos no mercado que não têm a funcionalidade da aproximação. Imagino que se tivéssemos a informação dos cartões que têm a funcionalidade mas não são acionados, esse número poderia ser ainda maior”, disse Giancarlo Greco.

Os dados da entidade mostram que a maior parte das compras por aproximação, 73%, ainda usam o plástico. Esse meio, no entanto, perdeu 8 pontos porcentuais de participação em um ano. Essa participação migrou para o telefone celular quase que integralmente. De 26% dos pagamentos por aproximação, os dispositivos passaram a responder por 32% do total.

A Abecs também informou que as compras não presenciais com cartões subiram 15,8% em um ano, para R$ 246 bilhões.

Pagamentos recorrentes

Os pagamentos de contas recorrentes através de cartões chegaram a R$ 28 bilhões no terceiro trimestre deste ano, segundo a Abecs. O número representa um crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023.

Os pagamentos recorrentes são envolvem assinaturas de produtos e serviços, majoritariamente. No entanto, o setor quer ampliar esse uso para outros tipos de pagamento, como os de mensalidades dos setores de educação e saúde, e tem feito um esforço para tornar isso possível.

Até aqui, a maior parte dos pagamentos recorrentes, ou R$ 26,6 bilhões, é feita através do cartão de crédito.

“Os outros débito e cartão pré-pago dependem de você ter um agendamento correto de fundos que você tem que ter na conta. O cartão de crédito tem uma flexibilidade maior em função do limite concedido”, disse o presidente da Abecs.

Estadão Conteudo

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