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Cabo Hércules é condenado por execução de amante; penas somadas ultrapassam 200 anos

Famoso pelos crimes de pistolagem entre os anos 1990 e 2000, o ex-cabo da Polícia Militar, Hércules Araújo Agostinho foi condenado pelo Tribunal do Júri de Várzea Grande a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Maria Angela da Silva. A vítima, que era amante do réu, foi executada a tiros em julho de 2001. Com a nova sentença, as penas do ex-pistoleiro ultrapassam 200 anos de reclusão.

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, o assassinato ocorreu em frente à residência da vítima no bairro Vila Vitória, em Várzea Grande. Hércules, Célio Alves de Souza e José de Barros Costa, agindo por motivo torpe, dissimulação e mediante outro recurso que dificultou a defesa da vítima, mataram Maria – que também era conhecida como Lorrayne – com disparos de armas de fogo.

Conforme apurado durante as investigações, Hércules tinha um caso amoroso com a vítima e combinou com os demais para matá-la porque ela estaria grávida dele e se negava a abortar.

No dia do crime, Hércules ligou para um telefone público que ficava próximo à casa da vítima e pediu para chamarem ela, como sempre fazia. Enquanto conversavam, os outros dois homens se aproximaram em um veículo automotor, um deles desembarcou do carro e perguntou se ela era Lorrayne e, ao confirmar a identidade, disparou por diversas vezes contra a cabeça dela, executando-a sumariamente.

Célio Alves de Souza e José de Barros Costa ainda não foram julgados porque recorreram da sentença de pronúncia

João Freitas

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