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Ouro fecha em alta e renova recorde, de olho em payroll e eleições dos EUA

O ouro fechou em alta nesta terça-feira, 29, renovando recorde de fechamento e de máxima. O metal precioso parece estar ganhando com a incerteza da eleição presidencial dos EUA e as tensões geopolíticas, bem como com as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em novembro, dizem analistas.

O ouro para dezembro fechou em alta de 0,91%, a US$ 2.781,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na máxima, a commodity chegou a ser negociada a US$ 2.784,90 por onça-troy.

As incertezas na reta final das eleições presidenciais americanas diante de uma semana repleta de indicadores macroeconômico beneficia o ouro como um ativo porto seguro. Segundo analistas da SP Angel, o movimento de vendas de títulos dos Treasuries ante preocupações com a responsabilidade fiscal nos EUA, independente do resultado das eleições, ajudou a elevar o preço do metal hoje.

“Espera-se que os próximos dados econômicos, incluindo o payroll, adicionem mais combustível ao fogo. Outro conjunto forte de leituras poderia potencialmente empurrar os títulos do Tesouro ainda mais para baixo e o ouro para cima”, acrescenta a SP Angel.

Há evidências de que o alto preço está tendo um efeito amortecedor visível sobre a demanda de ouro na China, afirmam os analistas do Commerzbank, em nota. A demanda de joias nos três primeiros trimestres do ano foi particularmente prejudicada, caindo quase 28%, de acordo com dados da China Gold Association. A demanda tradicional de joias e investimentos no varejo está atualmente criando um vento contrário, o que provavelmente limitará o potencial de alta adicional dos preços, diz o Commerzbank.

*Com informações da Dow Jones Newswire

Estadão Conteudo

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