A nova regra determina que boletos pagos até as 13h30 tenham os valores repassados ao credor no mesmo dia. Modernização já contempla 52% de toda liquidação interbancária dessa modalidade de pagamento
No primeiro mês de vigência das novas regras para a cobrança dos boletos, 52% das operações já acontecem no prazo D+0, em que os valores pagos pelo consumidor são repassados ao credor no mesmo dia, se o pagamento é feito até as 13h30.
A apuração considera o período de 18/03/2024 a 18/04/2024, quando as novas regras de modernização da cobrança de boletos entraram em vigor.
Nesse período, foram realizadas 376 milhões de transações via boleto, que movimentaram R$ 540 bilhões. Desses, R$ 260 bilhões foram repassados a credores no prazo D+0 (mesmo dia), e o restante, em D+1 (em um dia útil).
O diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, destaca o empenho do setor bancário em modernizar e agilizar a liquidação de boletos, com os bancos investindo R$ 35 bilhões a cada ano em tecnologia.
“O boleto bancário é um dos meios de pagamento mais usados pelos brasileiros para o pagamento de contas de consumo, de escolas, academias, condomínios, planos de saúde, consórcios, financiamentos, cartões de crédito e cobrança entre empresas. Só no ano passado, foram transacionados 4,2 bilhões de boletos, totalizando R$ 5,8 trilhões. A mudança no prazo de liquidação traz agilidade para o cobrador e beneficia muito o comércio”, destaca o diretor.
Não é a primeira vez que o sistema bancário faz mudanças nos boletos para torná-lo mais seguro, ágil e competitivo. Em julho de 2017, entrou em operação o sistema de pagamento de boletos, denominado de Plataforma Centralizada de Recebíveis (PCR), que exigiu investimentos de R$ 500 milhões, permitindo a impressão de dados exigidos pelo Banco Central: CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento, valor, além do nome e número do CPF ou CNPJ do pagador. Outra grande novidade foi a possibilidade de pagar boletos vencidos em qualquer banco.
A Febraban calcula que o sistema PCR mitigou a cada ano o equivalente a R$ 450 milhões em fraudes (valor estimado).
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