“Eu acho que a beleza é uma faca de dois gumes. Ela te ajuda, principalmente, na televisão. Mas, em alguns momentos, ela te delimita a certos tipos de personagens, como acontece no cinema. Nem posso falar tanto no teatro, porque eu tive só duas experiências. Ao mesmo tempo, a beleza te impulsiona a fugir desse lugar. De não ficar satisfeito”, opina.
Cauã faz uma comparação inusitada para justificar o método de sedução de Leandro. O artista cita o emblemático personagem do cinema, o Exterminador do Futuro. Ele explica que o modo sistemático e calculista de ler as mulheres lembram muito o do policial vivido por Arnold Schwarzenegger: “Acho que quando o Leandro vai seduzir ele é muito parecido com ele, ele olha para cada mulher e vê por onde que ele vai iniciar esse processo de sedução. Se é através do romantismo, se é numa palavra forte, se é num olhar, se é numa pegada. E isso eu achei muito rico para trabalhar”.
A grande inspiração, no entanto, para compor o Don Juan veio de um amigo. “Eu me inspirei num amigo meu que é muito sedutor. É um amigo meu mais velho, que morou comigo na Europa, eu achei que ele tinha muitas características do Leandro”, entrega. Cauã reforça que esperou muito por esse momento, e que desejava bastante fazer uma minissérie.
“Para mim era muito sedutor a coisa de fazer uma minissérie. Eu estava com muita vontade de fazer esse produto que tem uma qualidade diferenciada, você tem mais tempo pra poder fazer, produzir e filmar”, destaca.
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