A Operação Geia investiga os documentos que eram realizados para obter o registro de imóveis de terras que haviam sido arrecadadas pela União, falsidade documentais, estelionato, associação criminosa, oferta de terras irregulares como compensação de áreas perante a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e apropriação de terras públicas.
De acordo com as investigações, apurou-se que negociadores gerenciavam a venda das terras, agenciando compradores e cuidando para que as terras tivessem seus registros atualizados perante as repartições públicas competentes. No caso, agentes públicos seriam os responsáveis por facilitar as fraudes e os registros, conferindo veracidade às informações constantes nos documentos apresentados. Averiguou-se, ainda, que grileiros patrocinavam as invasões e persuadiam pessoas a adentrarem na posse das terras. A organização criminosa contaria ainda com assessores técnicos, constituída por advogados, que davam orientações quanto ao trâmite jurídico, e laranjas, que emprestavam seus nomes para figurarem como proprietários.
O nome da operação foi extraído da deusa grega que simboliza a terra, em face dos delitos apurados envolverem fraudes relacionadas a títulos falsificados do INCRA.