A dívida pública brasileira ficou estável entre maio e junho. Dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral alcançou R$ 7,594 trilhões no mês passado, o que representa 73,6% do Produto Interno Bruto (PIB) – mesmo nível de maio.
O pico da série da dívida bruta foi alcançado em outubro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) aumentou no sexto mês de 2023. Passou de 57,8% em maio para 59,1% do Produto Interno Bruto (PIB). A DLSP atingiu R$ 6,096 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.
Gasto com juros
O setor público consolidado teve um resultado negativo de R$ 40,726 bilhões com juros em junho, após esta rubrica ter encerrado maio com um gasto de R$ 69,053 bilhões, informou o Banco Central.
No ano, a despesa com juros acumulada é de R$ 337,322 bilhões, ou 6,50% do PIB, enquanto, em 12 meses, o resultado negativo é de R$ 638,111 bilhões, o que representa 6,18% do PIB.
Conforme o BC, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no sexto mês de 2023 despesas na conta de juros de R$ 33,305 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 6,989 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 433 milhões.