Economia

Dólar abre em estabilidade à espera de pronunciamento do Fed

O dólar abriu com pouca alteração frente ao real nesta terça-feira (18) após ter registrado uma sessão de alta na véspera, em dia negativo para moedas de países exportadores de commodities após dados fracos sobre a economia chinesa.

Às 9h03, o dólar à vista recuava 0,08%, a R$ 4,8037 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,09%, a R$ 4,8150.
Investidores aguardam a divulgação de dados sobre as vendas do varejo nos Estados Unidos e pronunciamentos de autoridades do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), em busca de pistas sobre o futuro da política de juros no país.

A Bolsa brasileira fechou em alta e recuperou os 118 mil pontos na segunda-feira (17) após a divulgação de dados sobre o crescimento econômico da China e do Brasil, que indicaram desaceleração nos dois países. No mercado local, porém, os números endossaram as apostas de um corte na Selic (taxa básica de juros) em agosto, o que beneficiou os ativos de risco.

Já o dólar começou o dia em forte alta, mas desacelerou os ganhos ao longo da sessão, com investidores repercutindo os dados da China enquanto seguem à espera das próximas decisões de política monetária de bancos centrais globais.

Com isso, o Ibovespa fechou o dia com alta de 0,43%, aos 118.219 pontos, enquanto o dólar subiu 0,25%, cotado a R$ 4,807.

Os contratos de juros com vencimento em janeiro de 2024 caíram de 12,84% para 12,79%, enquanto os para 2025 saíram de 10,89% para 10,79%.

Nesse cenário, o Ibovespa abriu em queda e chegou a operar abaixo dos 116 mil pontos na mínima do dia, mas passou a registrar alta, apoiada pela queda nas curvas de juros futuros e por otimismo no mercado americano, que também teve um dia positivo.

A Bolsa brasileira foi beneficiada principalmente por altas da Renner (1,00%) e do Itaú (1,73%), que ficaram entre as mais negociadas da sessão.

O setor bancário, aliás, teve um pregão positivo com o início do programa Desenrola Brasil, que promove renegociação de dívidas para clientes de ao menos oito bancos. Além do Itaú, registraram alta as ações do Bradesco (1,59%) e do Banco do Brasil (0,88%).

Apoiaram o Ibovespa, ainda, as "small caps", empresas menores e mais sensíveis à queda das expectativas de juros. O índice que reúne essas companhias subiu 0,65% nesta segunda.

As maiores altas do dia ficaram com Raízen (3,68%), BTG (3,13%) e MRV (2,96%).

Na outra ponta, o índice sofreu pressão com a queda de 1,16% nas ações da Vale, impactadas pelo recuo do minério de ferro no exterior após a divulgação dos dados sobre a economia chinesa. Também registraram perdas IRB Brasil (3,15%), BRF (2,70%) e Weg (1,94%).

Os principais índices de ações dos Estados Unidos tiveram alta com expectativa sobre a divulgação de balanços corporativos trimestrais de grandes empresas do país ao longo da semana, como Tesla, Bank of America, Morgan Stanley e Netflix.

Com isso, o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq subiam 0,39%, 0,22% e 0,93%, respectivamente, dando impulso ao Ibovespa.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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