Política

CPI não aprecia requerimentos para ouvir Riva, irmão de Emanuel e ‘Coxinha’

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), deixou de apreciar o requerimento para convocar o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva (sem partido), o irmão do prefeito Marco Polo Pinheiro, mais conhecido como Popó e do "emissário" de Silvio Correa, o "Coxinha".

Os requerimentos serão apreciados após a oitiva do servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir Cardoso. Ele que instalou a câmera que flagrou o prefeito Emanuel Pinheiro e outros deputados recebendo suposta propina. 

Um dos requerimentos negados foi o de autoria do vereador Felipe Wellaton  (PV). O parlamentar pediu o afastamento do relator da Comissão, Adevair Cabral (PSDB), por uma suposta obstrução de Justiça. 

O pedido de Wellaton foi negado pelo presidente da CPI, Marcelo Bussiki (PSB). Adevair afirmou que está na Comissão por escolha dos líderes partidários do Legislativo. “Estou aqui por escolha dos líderes partidários desta casa. Se eles decidirem, saio com maior tranquilidade, mas não foi o caso e não vou aceitar sair”, afirmou.

A CPI aprovou alguns encaminhamentos como o do envio da cópia do depoimento do ex-governador, Silval Barbosa, realizado na última sexta-feira (23) para o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB). O deputado foi acusado por Silval de pedir R$ 15 milhões para inocentá-lo na CPI das Obras da Copa, realizada em 2015 pela Assembleia.

O vereador Diego Guimarães (PP), pediu o balanço financeiro, de forma voluntária do Instituto Mark, de propriedade do irmão de Emanuel Pinheiro Marco Polo Pinheiro, o Popó. Em caso de negativa, o parlamentar sugere a quebra de sigilo fiscal da empresa. 

Ele também apresentou um requerimento pedindo que a Comissão ouça mais de uma pessoa por sessão, alegando celeridade dos trabalhos. “Temos 120 dias para encerrar a CPI. Se preciso, vamos começar as sessões mais cedo, fazer a tarde”, alegou.

Sobre a CPI

A Comissão investiga o vídeo do prefeito Emanuel Pinheiro recebendo maços de dinheiro quando era deputado estadual. Os vídeos foram anexados na delação do ex-governador junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

A CPI foi instalada no meio do mês de novembro, é formada pelo presidente, vereador Marcelo Bussiki (PSB); um membro, vereador Mário Nadaf (PV) e pelo relator, vereador Adevair Cabral. A Comissão tem prazo de 120 dias, que começou a contar a partir da primeira sessão deste ano, para concluir as investigações.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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