Pesquisa revela que 26 mil famílias cuiabanas não têm condições de pagar as dívidas em atraso. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (09) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A pesquisa foi encomendada pela Federação das Indústrias e Comércios de Mato Grosso (Fecomércio-MT) e trouxe a comparação com o mês de setembro, quando a porcentagem foi ainda maior, cerca de 17%. Somado, esse número alcança a margem de mais de 32 mil famílias, correndo o risco de serem despejadas ou passarem por algum tipo de “aperto” financeiro.
Mesmo com esse cenário, o presidente da entidade, Hermes Martins da Cunha, enxerga o momento como positivo para melhorar a economia de Mato Grosso, levando em consideração as contratações temporárias de fim de ano.
“A retomada da geração de emprego tem contribuído para a diminuição da inadimplência do consumidor. Entretanto, a queda da taxa de juros e a recuperação da renda das famílias têm favorecido a retomada de algumas modalidades de crédito, o que impacta no endividamento”, disse.
Conforme a pesquisa da CNC, o endividamento local é decorrente do poder de compra da população, que nos últimos meses têm tido mais facilidade para ter acesso ao crédito, em razão da retomada da economia. Além disso, comprometimento com boletos, financiamento de carros, que ultrapassam a rende de cada família.
Em contrapartida, no ano de 2016 o patamar registrado foi de 1,2 pontos percentuais, o que representa retração comparado ao mês de outubro. Isso mostra também uma diminuição das famílias que tiveram prejuízos graves, por conta de atrasos.