Agronegócio

IBGE eleva previsão de aumento da safra agrícola em 2017

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elevou mais uma vez, em junho, sua previsão para a safra agrícola de 2017. O órgão revisou nesta terça-feira (11) sua estimativa para a produção em 240,3 milhões de toneladas, um avanço de 30,1% frente a 2016.

Recém-saída de uma crise no ano passado, a agropecuária é agora o carro-chefe da expansão da economia, graças à colheita excepcional de suas principais culturas, a soja e o milho.

O IBGE melhorou sua estimativa mês a mês, desde janeiro, quando o órgão previa um avanço de 16% na safra do ano. Em maio, a projeção havia sido de 238,6 milhões de toneladas, um crescimento de 29,6%.

A estimativa em junho da área a ser colhida subiu 7,0% frente à área colhida em 2016, diz o IBGE. O órgão espera recordes na produção da soja (114,8 milhões de toneladas) e do milho (97,7 milhões de toneladas) para este ano.

Principais culturas

Em relação a 2016, houve acréscimos de 2,3% na área a ser colhida da soja, de 17,7% no milho e 3,6% no arroz. Já a produção subiu 19,5% para a soja, 14,9% para o arroz e 53,5% para o milho.

Em relação às estimativas de maio, a produção total aumentou 1,7 milhão de toneladas (0,7%) e a área cresceu 117,4 mil hectares (0,2%). O arroz, o milho e a soja, principais produtos deste grupo, representaram, juntos, 93,5% da estimativa da produção e 87,8% da área a ser colhida.

Para a soja, a projeção maior se deve principalmente aos reajustes de final de colheita nas estimativas da produção da Bahia (7,9%), do Paraná (0,4%), de Santa Catarina (4,4%), do Mato Grosso do Sul (3,0%), e de Goiás (0,2%).

O arroz, o milho e a soja representaram, juntos, 93,5% da estimativa da produção

Já para o milho, o crescimento se deve aos reajustes positivos na segunda safra, que está em plena colheita, já que a estimativa da safra verão foi reduzida em 0,4%, em decorrência, principalmente, da redução da estimativa do Ceará em junho.

Entre maio e junho, as culturas com mais variação foram o amendoim 1ª safra (26,2%), a cebola (5,7%), a batata-inglesa 2ª safra (4,5%), e a batata-inglesa 3ª safra (2,3%). Na outra ponta, caiu a previsão para o milho 1ª safra (-0,4%), o feijão 3ª safra (-1,4%), o feijão 2ª safra (-3,9%) e o amendoim 2ª safra (-54,3%).

Promessa para salvar o PIB

Nos três primeiros meses de 2017, a safra recorde tirou a economia de um ciclo de oito trimestres seguidos de queda, enquanto a indústria cresceu abaixo do esperado e serviços estagnou. O PIB da agropecuária cresceu 13,4% no primeiro trimestre, o maior alta em mais de 20 anos. Esse avançou puxou a alta de 1% da economia brasileira no primeiro trimestre.

No ano passado, o setor encolheu 6,6%, a maior retração dos três setores do PIB, prejudicado pela colheita fraca de cana-de-açúcar, soja e milho. Juntas, estas culturas somam quase 60% da produção agrícola do país.

O bom resultado da agropecuária não deve ficar restrito ao primeiro trimestre. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) estimava no começo de junho em 8,5% a alta o PIB do setor em 2017. A consultoria MB Associados calculava um avanço de 8% em 2017.

Redação

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