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DA FOLHAPRESS
A quarta alta seguida dos preços do petróleo melhorou a disposição dos investidores de comprar ativos mais arriscados nesta segunda-feira (15) e levou à quinta valorização do real em relação ao dólar -a moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 3,10.
As principais Bolsas do mundo também foram favorecidas por este apetite maior a risco e subiram.
O dólar comercial recuou 0,54%, para R$ 3,108, menor patamar desde 17 de abril. O dólar à vista, que fecha mais cedo, teve queda de 0,47%, para R$ 3,105, menor nível desde 18 de abril.
A desvalorização da divisa americana não ocorreu apenas no Brasil. Das 31 principais moedas do mundo, 29 se valorizaram em relação ao dólar nesta sessão.
A sinalização de um acordo entre os maiores produtores de petróleo do mundo para estender o corte na oferta da matéria-prima impulsionou os preços da commodity nesta sessão e também as moedas de países emergentes.
O barril do Brent, negociado em Londres, subiu 1,73%, para US$ 51,72, enquanto o barril do WTI, dos Estados Unidos, teve alta de 1,94%, para US$ 48,77.
"O real é muito correlacionado com petróleo, então a notícia ajudou a valorizar a moeda em relação ao dólar", afirma Ronaldo Patah, estrategista de investimentos do UBS Wealth Management.
Quando se olha para o universo de moedas de emergentes, 23 das 24 principais divisas ganharam força em relação ao dólar nesta sessão.
No cenário doméstico, o IBC-Br, indicador de atividade econômica do Banco Central, trouxe otimismo ao mercado, afirma Patah. "Veio menos negativo do que o esperado. O de março foi positivo. Aumenta a chance de o PIB [Produto Interno Bruto] ter sido positivo no primeiro trimestre do ano e de o país ter voltado a crescer", ressalta.
O Banco Central não fez intervenção no mercado cambial nesta segunda. Em junho vencem US$ 4,435 bilhões em contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro).
BOLSA
O dia foi de vencimento de opções sobre ações na Bolsa, o que aumenta o volume financeiro negociado -o total do dia foi de R$ 12,24 bilhões, enquanto a média diária do ano está em R$ 8,06 bilhões.
O vencimento de contratos de opções sobre ações movimentou R$ 3,7 bilhões, de acordo com a B3, dona da BM&FBovespa.
O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas na Bolsa, subiu 0,37%, para 68.474 pontos, no maior nível desde 22 de fevereiro deste ano.
"A economia começa a demonstrar pequena melhora e empresas do setor produtivo, que estavam comprimidas, como Gerdau e Usiminas, ajudaram a impulsionar a Bolsa", afirma Marco Tulli Siqueira, gestor da mesa de operações da Coinvalores.
As ações da Gerdau subiram 3,74%, enquanto as ações mais negociadas da Usiminas tiveram alta de 6,04%.
Os papéis da mineradora Vale também contribuíram para a alta da Bolsa nesta segunda, apesar da queda de 0,94% dos preços do minério de ferro no exterior. Os papéis mais negociados da Vale subiram 2,15%, para R$ 25,13. As ações com direito a voto se valorizaram 2,86%, para R$ 26,65.