Política

Vereadores ‘barram’ instauração de processo de cassação contra Júlio Pinheiro

 
No total, 18 vereadores votaram contra a representação e duas se abstiveram. Foram registradas ainda quatro ausências. 
 
O pedido de cassação foi protocolado no Legislativo na última quarta (22), pelo presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), Jamilson Adriano Souza Moura, motivado por suposta fraude na aprovação de projetos de lei de suplementação orçamentária ao Executivo, em 2012.
 
O requerimento já deveria ter sido votado pelos parlamentares na sessão realizada na quinta passada (24), mas foi retirado de pauta após solicitação do vereador Dilemário Alencar (PTB) e aprovado pelo plenário. A justificativa de Dilemário, naquela ocasião, foi de que os vereadores ainda não tinham total conhecimento da denúncia e que ela merecia ser mais bem analisada antes da votação.
 
Entre os que votaram contrários a representação na manhã de hoje, está o vereador Toninho de Souza (PSD), que já havia inclusive, antecipado seu voto. Segundo ele, o pedido é precipitado, visto que o caso sequer foi investigado. 
 
Acusações
 
Júlio é acusado de, em sua primeira gestão na presidência Casa, ter encaminhado à Prefeitura, três projetos de Lei suplementando o orçamento do Executivo em mais de R$ 365 milhões, sem a devida votação em plenário.
 
O fato já resultou também em um pedido do vereador João Emanuel (PSD) protocolado junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). No pedido, o social democrata requer o afastamento de Júlio, o bloqueio de seus bens e a inelegibilidade do parlamentar de 5 a 8 anos.
 
Outro Lado
 
O presidente da Câmara, por sua vez, nega todas as acusações. Ele alega que as denúncias são caluniosas e sem fundamento e, segundo ele, foram ‘plantadas’ pelo vereador cassado João Emanuel. Ele disse ainda, que a denúncia seria uma perseguição. “Desde fevereiro João Emanuel vem tentando armar contra minha pessoa e não é agora que ele vai me intimidar”.
 
Pinheiro alegou também que todo o processo que autorizou a suplementação orçamentária foi dentro das normais legais e, segundo ele, a documentação que comprova a legalidade será encaminhada ao Judiciário.
 
Atualizada 11h26
 

Redação

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